Em C. Mourão, com planejamento e trabalho, empreendedor abre restaurante e dobra negócio em pouco mais de um ano
Empresário mourãoense participou do Voa MEI. Programa está com inscrições gratuitas abertas para a edição deste ano
Após trabalhar dez anos como garçom, com um sonho e R$ 250 no bolso para os insumos, Maxswel Batista Lopes, de 28 anos, abriu em Campo Mourão o Max Sushi, no ano passado. Até mudar de uma cozinha montada em casa para um ponto comercial, foi preciso superar um período de poucas encomendas e buscar conhecimento. Hoje, em plena pandemia, ele tem faturado mensalmente até dez vezes mais que no começo do negócio e já emprega três pessoas.
A ideia de ter uma empresa própria ganhou força depois que Lopes trabalhou em um restaurante japonês, em São Paulo. “Por que eu não posso ter o meu?”, se perguntava. Lá, ele aprendeu na prática a cozinhar e a cuidar das contas, mas faltava conhecimento técnico.
“No começo, as vendas ficaram baixas, mas queria provar que daria certo. Cheguei a ter um sócio, mas encerramos a parceria. Fui buscar apoio no Sebrae e tive contato com empresários experientes. Aprendi a montar ficha técnica de produtos e a valorizar estratégias de marketing. Mais que dobrei o negócio”, relata o empreendedor.
O cardápio também foi adaptado e ampliado. Além de pratos japoneses, o Max Sushi oferece porções como frango frito e frango xadrez, para retirada no balcão ou entrega, via app ou diretamente. “O próximo objetivo, quando a pandemia passar, é passar a atender os clientes no restaurante”, projeta.
Em setembro do ano passado, Lopes participou do “Voa MEI”, programa do Sebrae/PR em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão, via Casa do Empreendedor, e com o Calvary Impact Hub, na edição deste ano. A inciativa visa capacitar microempreendedores individuais do município, onde há cerca de 7 mil MEIs, a fim de acelerar os negócios com potencial de desenquadramento tributário.
O consultor do Sebrae/PR, Michael Douglas Camilo, ressalta que além de oferecer ferramentas para o crescimento, com base em metodologias de startups, o programa tem como papel mostrar aos empreendedores o potencial de negócios.
“Muitos microempreendedores individuais veem como atividade complementar ou trabalho autônomo. Por meio do programa, queremos ajudar a enxergar que o MEI é um negócio formal que pode crescer e evoluir para micro e pequena empresa e daí por diante”, explica Camilo.
Segundo o diretor geral da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Eduardo Akira Azuma, mesmo durante a pandemia, os números dos projetos oferecidos pela Casa do Empreendedor em parceria com o Sebrae/PR surpreenderam.
“Ao contrário do que pensávamos, nos 8 meses desse ano tivemos 12% a mais de abertura de novos MEIs do que no mesmo período do ano passado. Num momento como esse, em que as pessoas estão buscando essa forma de empreender, é fundamental que as instituições forneçam esse apoio para alavancar os negócios”, diz o diretor.
Edição 2020
O Voa MEI deste ano será totalmente online e está com as inscrições abertas, até o dia 5 de outubro, por meio do link: calvarycampo.com.br/impact-hub/. São cerca de dois meses de capacitações em marketing, processos, produtos, rodadas de experiências e as mentorias, que vêm de uma metodologia aplicada em startups, negócios ágeis e inovadores.
Do Sebrae/PR