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Crea-PR monitora manutenções preventivas em hospitais e clínicas do Noroeste

Equipe de fiscais acompanha as atividades no setor odonto-médico-hospitalar mesmo durante a pandemia

A Covid-19 forçou o isolamento social. Muitas atividades foram paralisadas, especialmente as consideradas não essenciais. Em outro extremo estão as instituições de saúde, especialmente os hospitais, que estão operando com sua máxima capacidade. Para evitar a interrupção do atendimento decorrente de falhas nos equipamentos é preciso estar com o cronograma de manutenções em dia. O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) tem a responsabilidade de fiscalizar se os aparelhos, eletrônicos ou mecânicos, estão sob manutenção de empresas que contam com a presença de responsável técnico habilitado e o devido registro.

Na Regional Maringá do Crea-PR, que contempla os municípios do Noroeste, os fiscais seguem monitorando as atividades no setor odonto-médico-hospitalar, além das manutenções em agroindústrias, indústrias e demais empreendimentos nos quais as Engenharias, a Agronomia e as Geociências estão presentes. As atuações dos profissionais de Engenharia são acompanhadas a partir de dados públicos e dos registros das Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs), relacionadas ao setor. Na região Noroeste, são sete empresas habilitadas para a prestação de serviços em hospitais e clínicas. Nos últimos três anos, elas emitiram 256 ARTs.

Em relação à emissão de ARTs no Paraná, de janeiro de 2019 até abril deste ano foram emitidas 1.918 ARTs de serviços em hospitais e clínicas. Deste total,  96 registros são de Maringá e região. São 163 profissionais da Engenharia Elétrica habilitados no Crea-PR para a prestação dos serviços odonto-médico-hospitalares e 172 nas áreas de Engenharia Mecânica e Metalúrgica. Os demais profissionais registrados no Conselho que também podem realizar serviços em hospitais são das modalidades de Engenharia de Segurança do Trabalho, Engenharia Civil, Engenharia Química, Agronomia, Agrimensura, Geólogos e Engenheiro de Minas, cada um nas suas respectivas áreas de atuação.

A ART é o instrumento de definição dos responsáveis técnicos de uma obra ou serviço de Engenharia e identifica de forma legal, objetiva e rastreável que o trabalho foi planejado e executado por um ou mais profissionais legalmente habilitados pelo Crea e que cabe exclusivamente a este, ou a estes profissionais, a atuação técnica pela entrega final, sem prejuízo às responsabilidades cíveis e criminais caso ocorram. Sendo assim, com o documento, ficam assegurados os direitos e as obrigações entre profissionais do Sistema Confea/Crea e contratantes de seus serviços técnicos.

O Engenheiro Eletricista Bruno de Moraes Amaral, de Maringá, presta serviços para uma empresa especializada em manutenções odonto-médico-hospitalares em pelo menos 20 municípios da região Noroeste. São seis anos de experiência em hospitais e dois anos em clínicas. “Tem hospital que faz uma gestão do parque tecnológico de equipamentos médicos hospitalares de acordo com as normas da ONA e ISO 9001, anualmente. Nestes casos, esses equipamentos devem seguir a RDC02/2010. Já nas clínicas,os serviços são por demanda”, destaca.

Quanto ao período de pandemia, Amaral diz que a demanda pelas manutenções caiu, devido as restrições dos decretos municipais e redução dos procedimentos eletivos. Ou seja, por causa dos riscos de contaminação do Coronavírus, o número de pacientes e de procedimentos clínicos e médicos em toda a região diminuiu. Em junho, alguns serviços foram liberados, mas a situação ainda não voltou ao ritmo que era antes.

Porém, quando algum equipamento quebra ou sofre algum dano, o mesmo recebe uma assepsia no local onde está, antes de ser encaminhado ao setor de Engenharia do hospital. No departamento, o equipamento danificado passa novamente pelo processo de assepsia antes de ser vistoriado. Depois, em alguns casos, o equipamento consertado fica na quarentena, assim como ocorre com a população de maneira geral.

Outra situação por causa da Covid-19 é a demanda por manutenção e revisão de equipamentos que serão instalados nos novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), que aumentou. A vistoria é dos carrinhos de anestesia; monitores multiparamétricos; desfibriladores e cardioversores; eletrocautérios; entre outros itens. “A inspeção para verificar se os aparelhos estão em boas condições de uso dá confiabilidade aos médicos e garante maior qualidade no atendimento dos pacientes durante a realização dos procedimentos”, explica. O Engenheiro Eletricista ainda garante que os profissionais de Engenharia Clínica nunca entram nas UTIs e, se caso houver essa necessidade, eles terão que utilizar todos os EPIs recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

As manutenções realizadas em hospitais e clínicas podem ser preditivas, preventivas e corretivas. A melhor forma é a preditiva, pois nela é possível agendar as interrupções e reduzir desmontagens desnecessárias nos equipamentos. O Crea-PR alerta que tanto a instalação quanto a manutenção dos equipamentos deve ser feita por empresas especializadas, com profissionais capacitados que atuam para o funcionamento correto dos aparelhos, buscando a segurança dos pacientes e das equipes.

“Os fiscais do Conselho continuam fazendo o monitoramento, para verificar se os equipamentos odonto-médico-hospitalares estão sendo supervisionados por profissionais devidamente habilitados. Entretanto, é importante que os gestores de clínicas e hospitais mantenham o cronograma de manutenções para garantir a funcionalidade adequada dos equipamentos, minimizando interrupções imprevistas”, alerta o gerente da Regional Maringá, Engenheiro Civil Hélio Xavier da Silva Filho.

Fonte: CREA/PR

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