Governo do Paraná estuda retorno das escolas com turmas menores e mescla de aulas presenciais e a distância
As duas opções estão sendo estudadas com base em experiências de países que já passaram pela pandemia
O Governo do Estado instalou nesta sexta-feira (26) o Comitê de Planejamento de Retorno às Aulas Pós-pandemia, que vai estabelecer um plano único de volta às aulas presenciais em todo Paraná. Em princípio, o Estado já estuda duas opções, com base em experiências de países que já passaram pela pandemia. Uma delas com turmas menores, para manter o distanciamento entre os estudantes, e a outra de um retorno híbrido, mesclando aulas presenciais e não presenciais.
O comitê terá a participação de todos os setores representativos da educação no Estado, tanto da rede pública quanto particular, e das secretarias estaduais da Educação, Saúde, Casa Civil e Planejamento.
O anúncio foi feito pelo chefe da Casa Civil, Guto Silva, e pelo secretário de Estado da Educação e do Esporte, Renato Feder, durante reunião com representantes dos sindicatos das escolas particulares no Palácio Iguaçu.
“A data de retorno é uma decisão que está muito focada na área da saúde, que vai orientar quando as aulas presenciais poderão ser retomadas. Já o comitê vai nos ajudar a definir como isso será feito, os protocolos a serem adotados na alimentação e no transporte, por exemplo, que são momentos de maior aglomeração, e os melhores modelos para as aulas”, explicou Silva.
Feder explica que o comitê vai funcionar como um canal oficial com informações sobre a volta das aulas. “O comitê vai nos ajudar a preparar um plano comum de retorno das atividades nas escolas e também vai funcionar como um canal oficial e confiável de informações sobre essa volta”, disse o secretário.
ADEQUAÇÃO – Todo o processo de retomada vai exigir adequação das escolas. No caso das estaduais, além da adaptação ao novo formato, também será preciso atender um número maior de alunos do que o previsto para este ano, com impacto direto no custeio. Apenas durante o período da pandemia, 8.523 alunos migraram do ensino particular para o público.
“Se de fato esses alunos permanecerem no ensino público após a pandemia, vamos ter que fazer um novo redimensionamento de salas de aula, professores, funcionários e, claro, do orçamento da educação”, acrescentou o chefe da Casa Civil.
Guto Silva disse que a reunião desta sexta com representantes de sindicatos de escolas particulares reflete a preocupação do Estado também com a situação das escolas privadas, que geram milhares de empregos, assim como com as dificuldades financeiras enfrentadas por muitas famílias nesse período.
Entretanto, ele reforçou que a definição de data de retorno às aulas dependerá da curva de transmissão do vírus no Estado. “As próximas duas semanas serão bastante críticas, os números estão subindo e a recomendação é de muito cuidado. No momento adequado o Governo anunciará a data de volta às aulas.”
Da AEN