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ABPA e SINDIAVIPAR defendem a retomada da produção da Avenorte

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (SINDIAVIPAR) defendem o fim da interrupção das atividades da unidade frigorífica da Avenorte, no município de Cianorte (PR).

As entidades alertam sobre o grave risco que ações impostas com base nestas decisões poderão gerar à toda a comunidade e ao país, especialmente no quadro atual de quarentena determinado para o enfrentamento da epidemia de Covid-19.

Com a paralisação da produção de alimentos, há o risco de inflação e desabastecimento. Unidades fechadas podem significar ausência de produtos nos supermercados. Processos que promovam diminuição da oferta de alimentos podem, no futuro, levar ao caos social.

Este é um quadro especialmente delicado para o Paraná, um dos principais players para a segurança alimentar nacional, responsável por 35% do total de 13,1 milhões de toneladas de carne de frangos, e por 20% das 4 milhões de carne suína produzidas nacionalmente.

Parar indústrias de alimentos de ciclo longo também podem significar problemas ambientais. É o caso, também, das indústrias frigoríficas. Uma agroindústria processa milhares de aves e suínos, todos os dias. No caso de Cianorte, são 200 mil aves/dia. Com as atividades paradas por um período longo, o único destino possível para estes animais não abatidos é o aterro sanitário. Os impactos ambientais são gravíssimos, além do fato de gerar desperdício de alimentos em um momento de crise crescente.

É importante destacar que o ambiente frigorífico hoje tem o risco ao trabalhador minimizado, em que todos os setores das fábricas são constantemente higienizados, o estado de saúde dos trabalhadores é monitorado e há a vigilância ativa em todo o ambiente de fábrica, o uso de equipamentos de proteção é obrigatório e há uma série de medidas para evitar aglomerações, além de orientações para os cuidados dentro e fora dos frigoríficos. Diversos órgãos internacionais reconhecem o frigorífico como um ambiente diferenciado, cuja rotina de higiene previne a transmissão de enfermidades.

Vale ressaltar que o setor produtivo, por meio da ABPA, estabeleceu protocolo setorial, validado cientificamente pelo Hospital Albert Einstein, que adicionou uma série de medidas protetivas aos colaboradores, como proteção buconasal, faceshield e outros (que impedem proliferação de gotículas de saliva), entre todos os seus colaboradores, incluindo, além dos habituais uniformes, luvas e outras camadas de proteção.

São pontos que estão de acordo com a Portaria Interministerial n° 19, publicada na semana passada pelos Ministérios da Saúde, da Agricultura e da Economia (pela Secretaria Especial da Previdência e Trabalho), que segue as diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO).

E, em um esforço social constante, as empresas mantém uma forte mobilização em campanhas para conscientizar os colaboradores sobre o comportamento fora das fábricas, onde há o verdadeiro risco de contágio. Neste sentido, a Avenorte foi uma das empresas que imediatamente criaram e mantiveram um plano de contingência contra o coronavírus seguindo todas as recomendações dos órgãos competentes. Dentro deste trabalho, a empresa tem realizado uma série de testagens na modalidade busca ativa, conforme recomendado pela OMS, Governos federal e estadual, que têm aconselhado a não realização de testes em assintomáticos e em massa.

Reafirmamos: todos os cuidados foram tomados, e não medimos esforços para a preservação da saúde do trabalhador.

Por tudo isto, a ABPA, e o SINDIAVIPAR defendem a imediata retomada das atividades na unidade da Avenorte. Nos causa estranheza decisões tomadas sem levar em conta a totalidade das possíveis consequências para a comunidade e para o País. A segurança alimentar da população é uma prioridade essencial para o país em tempos de pandemia. Produzir alimentos é uma missão, um direito e um dever a ser preservado pelos diversos entes públicos. Em um momento de forte emoção como o atual, a razão e a ciência devem prevalecer.

Da Assessoria

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