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Covid-19: Mulher que ficou um mês e meio na UTI vai passar o Dia das Mães em casa

Uma das pacientes com mais tempo de internação pelo coronavírus no Brasil recebeu alta nesta sexta-feira (8) e vai passar o Dia das Mães em casa, ao lado dos filhos. Glória Maria de Camargo Moro, de 70 anos, ficou um mês e meio internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Geral de Curitiba, que é destinado a militares das três Forças Armadas e seus dependentes.

Glória recebeu alta em Curitiba nesta sexta-feira (Foto: Jackson Mendes)

Glória contraiu o coronavírus no mês de março após uma viagem aos Estados Unidos para visitar a filha. Permaneceu 44 dias internada, sendo 42 na UTI. Agora, vai passar o Dia das Mães ao lado dos filhos, após vencer todos os desafios da grave doença. “Sinto agora uma alegria que vem da alma, porque não foi fácil. Acredito que fui uma escolhida de Deus, graças a médicas e enfermeiras que me trataram com carinho e atenção”, disse a paciente.

O filho de Glória, Maurício Camargo, contou que em uma noite a mãe estava febril e, na manhã seguinte, passou a sentir um cansaço extremo. “Quando entrei no quarto dela, pela manhã, ela estava imóvel, dizendo que não conseguia se mexer e tudo mais. Pegamos ela no colo, porque não conseguia andar, e viemos até o Pronto Atendimento do hospital”, descreveu.

Logo em seguida, a mãe precisou ser intubada e chegou a passar o aniversário na UTI, mas isso pouco importa agora, depois que ela conseguiu sobreviver a uma longa batalha. “Eu agradeço muito a equipe médica do hospital, que sempre foi solicita e nos atendeu pontualmente, trazendo informações e nos tranquilizando. Foi simplesmente fantástico”, revelou Camargo.

Glória e a equipe do Hospital Geral (Foto: Jackson Mendes)

A capitã Arana Rodrigues, médica intensivista do Hospital Geral, comentou que quando Glória chegou para o primeiro atendimento ainda era o início da doença no Brasil. “Chegou em um momento bem inicial da doença, com necessidade de internamento na UTI e um comprometimento pulmonar considerável”, revelou, agradecendo ao trabalho integrado entre os profissionais de enfermagem e fisioterapia, fundamentais na recuperação de pacientes com covid-19. “Foi um período muito prolongado de ventilação mecânica e ela começou a melhorar depois de um certo a tempo aqui com a gente”, falou.

A tenente Marcela Goulart, que é enfermeira, comentou que o tratamento de Glória foi desafiador. “A gente tinha poucas informações sobre a doença e a foi aprendendo diariamente. Foi um trabalho muito intenso e fizemos todo o possível para a recuperação dela. Você precisa cuidar das partes nutricionais, fisiológicas e de feridas, então é muito complexo. Cuidamos com muito amor e respeito e estamos felizes neste momento”, comemorou.

Curitiba tem até o momento 723 casos confirmados de coronavírus, 523 pacientes recuperados e 28 mortes.

Banda B

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