Bolsonaro prefere ficar com os mensaleiros em vez de Moro, diz Rubens Bueno
O vice-presidente nacional do Cidadania, deputado federal Rubens Bueno (PR), disse nesta sexta-feira (24) que o pedido de demissão do ministro da Justiça, Sérgio Moro, confirma que o governo do presidente Jair Bolsonaro está caminhando cada vez mais para o trilho abominável da corrupção, de ataque ao estado democrático de direito, de interferência por motivos pessoais na Polícia Federal e da compra de apoio parlamentar.
“Bolsonaro prefere ficar com mensaleiros, em vez do ministro Sérgio Moro, que apesar de alguns equívocos, prestou e ainda presta um grande serviço ao Brasil no combate à corrupção e ao assalto aos cofres públicos. Essa decisão de trocar o comando da Polícia Federal deixa transparecer que, além do caso do senador Flávio Bolsonaro, o presidente tem mais coisas a esconder e teme o resultado dos inquéritos que estão em andamento no Supremo Tribunal Federal para investigar as fake news e as manifestações contra a democracia, como o próprio ex-ministro Moro revelou em sua coletiva”, afirmou Rubens Bueno.
De acordo com o vice-presidente do Cidadania, está claro que não se pode governar um país com bravatas e com a demonização da boa política. Para o deputado, ao se aliar a figuras que protagonizaram os maiores escândalos de corrupção do país, “Bolsonaro escancarou seu DNA de integrante do que pior existe na política, adotando as práticas espúrias de compra de aliados usada em outros tristes episódios da política brasileira. Ele quer controlar as instituições democráticas, mas não vai conseguir”.
O ministro Sérgio Moro decidiu deixar o governo após o presidente Jair Bolsonaro exonerar, sem a sua concordância, o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Maurício Valeixo. Ele era homem de confiança de Sérgio Moro, que só aceitou ocupar o cargo de ministro com a garantia de ter carta branca para montar sua equipe.