Ney Piacentini celebra, em C. Mourão, 40 anos de teatro com espetáculo, lançamento de livro e oficina
O ator mourãoense radicado em São Paulo apresenta no próximo sábado, dia 17, às 20h na Casa da Cultura de Campo Mourão, o solo teatral ESPELHOS. Na mesma noite, Piacentini autografará o seu novo livro O ATOR DIALÉTICO: 20 anos de aprendizado na Companhia do Latão. No domingo, o também professor de interpretação ministrará uma oficina gratuita para os interessados.
Através de uma iniciativa do Clube da Cultura Campo Mourão e com o apoio da Fundacam: Fundação Cultural de Campo Mourão, Ney Piacentini estará em cena na sua cidade natal – pela primeira vez em 40 anos de profissão, interpretando os contos literários homônimos O espelho, de Machado de Assis e Guimarães Rosa, trabalho que lhe rendeu a indicação ao Prêmio de Melhor Ator de 2106 pela APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte).
Serviço:
ESPELHOS: de Machado de Assis e Guimarães Rosa
Atuação: Ney Piacentini e direção de Vivien Buckup
Local: Casa da Cultura – Av. Comendador Norberto Marcondes, 684.
Horário: 20h
Ingressos: 20 inteira e 10 meia
OFICINA
Atuar de dentro para fora e de fora para dentro
Professor: Ney Piacentini
Horários: dia 18/11 das 10 às 13 e das 14 às 17h
Local: Casa da Cultura
30 vagas (gratuito)
Inscrições: [email protected]
Sinopses
ESPELHOS é a transcrição teatral dos contos homônimos O espelho, de Machado de Assis e Guimarães Rosa, e promove um diálogo inédito no palco entre os dois maiores escritores nacionais. Trata-se de uma investigação sobre a formação da identidade brasileira, por meio de diferentes visões: a cética de Machado e a esperançosa de Guimarães.
O livro O ATOR DIALÉTICO: 20 anos de aprendizado na Companhia do Latão (Hucitec Editora) é a publicação da tese de doutorado de Ney Piacentini na USP. Nele, o autor narra como se deu a gradativa compreensão de um modo de se atuar por meio das contradições, que tem por fim uma interpretação mais viva e humana.
Atuar de dentro para fora ou de fora para dentro: é título da oficina que será oferecida à comunidade local, na qual serão experimentados exercícios em que os modos interiorizados e externalizados serão praticados pelos participantes (iniciantes ou iniciados). A ação teatral pode partir de motivações subjetivas – como na escola de Stanislavski; ou de acordo com as linhas do teatro físico em que as formas corporais precipitam a conduta cênica.
Ney Piacentini – ator, professor e pesquisador teatral, em 2019 completará 40 anos de teatro e atuou em mais de 50 espetáculos.
Em 1997, a convite de Sérgio de Carvalho, ingressa na recém fundada Companhia do Latão, tendo feito todas as peças do grupo, entre as quais se destacam: Ensaio sobre o latão (indicado ao Prêmio Mambembe de 1997 de Melhor Ator Coadjuvante), O nome do sujeito (indicado ao Prêmio Mambembe de 1998 de Melhor Ator), O círculo de giz caucasiano (Prêmio Villanueva de 2007 de Melhor Espetáculo Estrangeiro em Cuba e indicação de Melhor Ator ao Prêmio Qualidade Brasil) e O patrão cordial (Prêmio Questão de Crítica de 2013 de Melhor Dramaturgia e Melhor Elenco). Em 2016, estreou seu monólogo ESPELHOS, pelo qual foi indicado ao Prêmio de Melhor Ator pela APCA – (Associação Paulista de Críticos de Arte).
Tem mestrado e doutorado em Pedagogia Teatral pela Escola de Comunicação e Artes (ECA/USP), tendo publicado os livros Eugênio Kusnet: do ator ao professor e Stanislavski revivido (Org. com Paulo Fávari). Professor da Pós-Graduação de Teatro da Faculdade Paulista de Artes, é membro do IFTR – International federation of Theatre Research e integrante do CEPECA – Centro de Experimentação e Pesquisa e Experimentação Cênica do Ator (ECA/USP) e do LAPCA – Laboratório de Pesquisas e Criação do Ator (IA/UNESP).
Iniciou sua carreira em 1979 na Universidade Federal de Santa Catarina e em Florianópolis fundou o Grupo A de Teatro, com o qual ganhou o Prêmio Bastidores (de 1982) de Melhor Espetáculo e Melhor Ator Infanto-Juvenil, pela criação coletiva Vira e Mexe, também encenada em São Paulo em 1986. Foi ator e apresentador do Programa Revistinha da TV Cultura (Prêmio APCA de Melhor Programa Infanto-Juvenil de 1989 e 1990); participou de diversos filmes de curta e longa-metragens como Trabalhar cansa, de Marco Dutra e Juliana Rojas e O quanto vale é por quilo de Sérgio Bianchi, mas se estabeleceu no teatro. Em 39 anos de ofício, dos mais de 50 espetáculos em que atuou estão Crepúsculo de uma tarde de outono (1991) de Friedrich Dürrenmattt, O legítimo inspetor perdigueiro (1992) de Tom Stoppard, O catálogo de Jean-Claude Carrière, Budro (1994) de Bosco Brasil e Um céu de estrelas (1996) de Fernando Bonassi.
Ex-presidente do Centro Brasil ITI – Instituto Internacional de Teatro – ligado à Unesco, de 2010 a 2016, foi também presidente da Cooperativa Paulista de Teatro, entre 2005 e 2013, onde idealizou e realizou diversos projetos, entre os quais a Mostra Latino- Americana de Teatro de Grupo. Em 2014, Piacentini ganhou o Prêmio Cooperativa Paulista de Teatro – Categoria Especial – pela sua contribuição ao teatro paulista.
Fonte: Da Redação com Assessorias