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Jornalista e mais 25 pessoas são indiciadas por envolvimento com tráfico

A jornalista Maritânia Forlin e outras 25 pessoas serão indiciadas por vários crimes, a maioria relacionada ao tráfico de drogas, em Campo Mourão. De acordo com o delegado José Aparecido Jacovós, o inquérito que apurou as acusações foi concluído nos últimos dias e deve ser protocolado no fórum ainda nesta terça-feira (1). A jornalista, presa com outras 16 pessoas no início de janeiro, durante a Operação Vila Mendes, foi libertada no dia 26, após pedido do próprio delegado.
Jacovós informou que os 26 acusados responderão pelos crimes de tráfico de drogas, falsidade ideológica, formação de quadrilha, entre outros. No caso da jornalista, o crime é de contribuição ao tráfico de drogas. Maritânia ficou presa durante vinte dias em uma cela especial na Delegacia de Campo Mourão, pois seria amante de um traficante para quem levantava informações sobre investigações policiais. “Ela participava de operações da polícia, fazia entrevistas e passava essas informações privilegiadas para a quadrilha”, explicou.
Depois de protocolado, o inquérito vai para o Ministério Público. Um promotor avaliará o caso de cada indiciado e poderá, então, fornecer denúncia à Justiça. A partir de então, as 26 pessoas passam a ser réus no processo.
Confissão
O delegado de Campo Mourão contou que um dos principais acusados, Gilmar Tenório Cavalcanti, confessou, em interrogatório realizado em 28 de janeiro, que é traficante e que tinha de fato um relacionamento com a jornalista indiciada. “Ele confessou isso perante testemunhas, incluindo seus dois advogados”, disse. Cavalcanti será indiciado pelos crimes de tráfico de drogas, formação de quadrilha, associação para o tráfico e falsidade ideológica. “Ele é o acusado contra quem temos mais provas.”
No início de janeiro, a Polícia Civil divulgou conversas telefônicas gravadas com a autorização da Justiça e que comprovariam o envolvimento da jornalista com a quadrilha de traficantes de droga, que seria responsável por cerca de 90% dos 47 homicídios praticados na cidade no ano passado.
Em uma das conversas gravadas, a acusada conversa com Cavalcanti. “Eu fui levar o chinês pra gente fazer um ´corrinho` hoje lá na Vila Cândida, mas não achamos o cara”, diz Cavalcanti. Maritânia responde: “E ia apagar o cara? Faz dias que não dá homicídio, a cidade tá muito parada”. Logo após vem a promessa do traficante: “Mas vai ter homicídio já pra vocês. Não vai demorar, Tá próximo”.

Fonte: Gazeta do Povo

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