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Mulher reencontra mãe biológica após ser abandonada no aeroporto recém-nascida e descobre história chocante por trás

Em uma investigação, Elizabeth Hunterton encontrou 5 opções de mães biológicas em uma história digna de filme

Elizabeth Hunterton teve poucos momentos de vida antes de ser abandonada no Aeroporto Internacional de Reno-Tahoe, no condado de Washoe, Nevada, Estados Unidos. Porém, décadas depois, após uma busca incessante de Elizabeth, ela encontrou a mãe biológica.

A influenciadora de 48 anos viralizou no TikTok ao detalhar história cheia de reviravoltas e relembrar como foi começo de seu interesse por achar sua mãe.

No primeiro vídeo, ela contou aos seguidores: “Quando eu era uma recém-nascida eu fui abandonada no aeroporto e daqui duas semanas e meia eu vou conhecer minha mãe biológica”.

Pai biológico

Então, ela explicou que tudo começou com a busca do seu pai biológico no serviço de testes genéticos 23andMe. “A busca pelo meu pai biológico foi simples, fácil, rápida. Me levou o total de 5 dias, do começo ao fim”.

Em questão de dias, o site 23andMe a conectou com seu tio biológico, que a recebeu muito bem na família. “Eu não estava esperando isso. Eu liguei para meu tio biológico e ele disse: ‘Oh, minha querida sobrinha. Isso é aquela coisa que você vê em filmes, mas não espera que venha a um cinema perto de você’. E eu disse: ‘É exatamente assim que parece'”.

Elizabeth Hunterto se aproximou do tio biológico — Foto: Reprodução/TikTok

Porém, na conversa com o tio, ela descobriu que o pai havia morrido em 2004, sem saber da filha. “A coisa que ele queria mais que tudo era um filho biológico. Ele adotou um filho que ele amou, mas meu tio falou que mais que tudo, seu desejo não realizado era ter um filho biológico. E é triste, porque ele tinha uma, mas ele não sabia de mim”, desabafou Elizabeth.

Elizabeth Hunterto se comparou com o pai biológico — Foto: Reprodução/TikTok

O começo da busca pela mãe biológica

Enquanto achar o pai biológico foi fácil, Elizabeth explica: “A busca pela minha mãe biológica…. é aí que as coisas ficam realmente loucas”.

O início da história acontece logo no começo da pandemia do coronavírus, em março de 2020. Elizabeth recebeu uma nova notificação do site 23andMe, indicando que ela tinham encontrado uma prima de segundo grau da parte materna.

A influencer ficou chocada que alguém do lado da família de sua mãe biológica também tinha colocado o DNA no site. “Já que minha mãe biológica é 100% japonesa, eu nunca pensei que ninguém da família dela colocaria o DNA no 23andMe”.

Sem pensar muito, ela mandou uma mensagem à prima e começou uma busca profunda com ajuda de obituários, registros públicos, certidões de nascimento. No final disso, ela conseguiu criar uma árvore genealógica com 32 caixas.

Elizabeth Hunterto conseguiu 32 nomes na árvore genealógica — Foto: Reprodução/TikTok

Processo de eliminação e 1ª opção de mãe

Com nomes de pessoas reais em mãos, Elizabeth começou a eliminar pessoas que tinha certeza que não eram sua mãe biológica. Ao chegar no nome final, ela descobriu que a mulher em questão havia morrido em 2013.

Porém, ao descobrir que a possível mãe biológica tinha 31 anos e uma carreira consolidada, Elizabeth ficou chocada, já que havia criado uma “imagem em sua cabeça” de que a mulher a havia abandonado por viver em situações difíceis.

Em um momento mais chocante ainda, Elizabeth descobriu que, 12 anos após essa mulher a abandonar, ela teve outros dois filhos.

2ª opção de mãe

Elizabeth tomou coragem para entrar em contato com a família de sua mãe biológica falecida, mas não quis “interromper os meios-irmãos” que tinha acabado de descobrir a existência. Então, mandou uma mensagem para o sobrinho da mulher.

Dias depois, recebeu uma resposta: “Foi caloroso, receptivo”, conta Elizabeth. Porém, o primo quis ter certeza de que a pesquisa dela era segura e apontou que o DNA mitocondrial (DNA que passa apenas pela linha materna) pode causar confusão nestes testes.

Isso fez com que ela fizesse uma nova investigação, com outro olhar, e achasse uma segunda opção de mãe biológica na linhagem materna da prima que tinha encontrado inicialmente no site 23andMe.

“Quando eu acho a foto dessa mulher, se parecemos muito. É como se olhar num espelho. Se eu fosse apenas japonesa, nós seriamos gêmeas”, celebrou.

Em seguida, ela descobriu que a mulher tinha apenas 14 nos na data do seu nascimento, o que a deixou muito triste por imaginar a situação dela na época do abandono.

Contato com 2ª opção de mãe

Ao entrar em contato com a mulher, Elizabeth e descobriu que ela não era sua mãe biológica. Mas, no final das contas, acabou fazendo uma amiga para vida.

“Ela disse os mais bonitos elogios e me ofereceu suporte durante minha busca. E ela acabou dizendo: ‘Se sua mãe biológica não estiver orgulhosa de você como você merece, eu estarei aqui”, relembra.

Mais uma decepção

Ao longo da conversa com a segunda opção, ela descobriu que a mulher tinha uma tia mais nova que não apareceu nas buscas de Elizabeth, o que mudou toda a história.

Com novas buscas, a influencer descobriu que essa tia tinha uma filha, que por acaso tinha feito 18 anos semanas depois que Elizabeth foi achada no aeroporto.

Ao investigar mais sobre a nova opção de mãe biológica, ela descobriu que ela tinha uma vida muito privada, usando apenas as iniciais nas redes sociais. “Era uma mulher que não queria ser achada, mas eu achei”.

Ao entrar em contato com a 3ª opção de mãe biológica, Elizabeth, mais uma vez, descobriu que tinha encontrado a pessoa errada.

“Meu coração quebrou, a dor me rasgou. Para minha narrativa de vida fazer sentido, ela tinha que estar mentindo. Mas eu acreditei nela”, desabafou.

O email que mudou tudo

Depois da descoberta, Elizabeth eliminou as opções 2 e 3 de mãe biológicas, já que eram ligadas apenas por casamento. Então, passou 5 meses acreditando que a primeira opção era sua mãe biológica.

Porém, um novo email do site 23andMe informou uma nova conexão de uma nova prima de segundo grau de Elizabeth. “Essa nova conexão confirmava que é geneticamente impossível que a mãe biológica número 1 ser minha mãe, e essa realização doeu muito”.

Então, mais uma vez, Elizabeth começou uma nova investigação e completou a árvore genealógica, preenchendo mais de 50 caixas. Agora, ela só precisava achar uma intersecção que ligasse a prima de segundo grau original, com a que tinha encontrado agora.

“Onde tiver essa intersecção, é lá que vai me levar para minha mãe biológica”, afirma.

A 2ª opção de mãe biológica, agora amiga de Elizabeth, convenceu a prima dela de segundo grau a ajuda-la entender a árvore genealógica. Durante o processo, a prima mencionou que o pai tinha uma prima chamada Mary Smith.

E era exatamente essa prima que Elizabeth estava procurando: “Mary era a caixa vazia na árvore genealógica que ia me levar diretamente para minha mãe. Uma de suas duas filhas acabaram de se tornar as duas opções genéticas”.

Elizabeth Hunterto tinha chegado nas 2 opções finais de mães biológicas — Foto: Reprodução/TikTok

Opções 4 e 5 de mães biológicas

Elizabeth encontrou o livro de graduação das duas irmãs e fez uma avalição delas. A mais nova (Opção 4), tinha algumas similaridades com ela, e parecia triste nas imagens. Enquanto isso, a mais velha (Opção 5) parecia ter “o mundo em suas mãos”.

Acreditando agora que a opção 4 era sua mãe biológica, ela descobriu por sua prima que a mulher sempre teve cabelo curto, “o que seria impossível”. Nos relatórios do abandono de Elizabeth, a pessoa que a deixou no aeroporto tinha cabelo longo e preto, assim como a irmã mais velha.

Desesperada, Elizabeth teorizou que poderia ter sido abandonada pela tia, e não pela mãe. Para piorar, ela descobriu que a opção 5 era uma enfermeira obstetra na época em que nasceu, o que a fez pensar se não teria sido sequestrada.

“A mãe biológica número 5 poderia ser minha mãe, mas eu não acho que ela é”. Então criou uma história do motivo de não ter registros dela no hospital e para ter sido abandonada pela tia.

“Mãe biológica número 4 recorre à irmã mais velha quando descobre que está grávida. A irmã mais velha faz o meu parto, por isso não existe registros meus no hospital. E a irmã mais velha arrisca tudo para me abandonar no aeroporto. Essa é uma história que faz sentido”, diz.

“Então as perguntas surgem; ‘Calma, minha mãe biológica sabia que eu estava viva? A irmã dela falou que eu morri no parto? Eu fui sequestrada? Ela sabe que eu sobrevivi?”, relembra.

A descoberta final

Ao mandar mensagem à mãe biológica número 5, ela recebeu uma resposta da filha dela, confirmando que a sua mãe era a opção 4. A prima detalhou que o nome dela era Emily e que ela não falava sobre o assunto durante décadas.

Em seguida, a familiar contou que a família iria se reunir no dia seguinte pela primeira vez para conversar sobre o assunto.

Em seguida, ela também descobriu que nasceu sim em um hospital. Porém, não existiam registros já que as testemunhas do abandono a haviam descrito como uma “bebê preta e hispânica” e ela foi registrada como “bebê asiática”.

A maior reviravolta

Após a conversa, a prima contatou Elizabeth e disse que Emily ficou muito orgulhosa de ver como Elizabeth havia conquistado tanto. “Ela está extremamente aliviada de saber que você está bem, porque nos últimos 40 anos ela vem se atormentando com o pior dos cenários”, disse a prima.

A familiar ainda adiantou que a mãe biológica iria enviar um email para Elizabeth futuramente e perguntou se ela gostaria de saber o conteúdo. Ao responder sim, a influencer jamais imaginou o que ouviria.

Nenhuma das irmãs abandonaram Elizabeth no aeroporto, e sim uma amiga que enganou Emily. “Ela não lembra o dia, semana, mês, ano ou década que você nasceu, nem o nome que ela te deu no dia que você nasceu. E tem uma razão para ela não lembrar… ela te deu para uma amiga que deveria te entregar em uma agência de adoção”.

Porém, a amiga em questão demorou 8 meses para contar à Emily que havia abandonado seu bebê no aeroporto.

O primeiro contato e outra descoberta

A influencer descreve o primeiro email de sua mãe biológica como “carinhoso”: “Ela me tratou com compaixão e começou dizendo: ‘Eu sabia que esse dia chegaria'”.

Emily explicou que não tinha as condições físicas, mentais e financeiras para cuidar da filha, por isso decidiu entregá-la à amiga.

Então desabafou sobre ter a dor de achar que tinha sido abandonada pela mãe a vida toda. “Todas as manchetes estavam erradas. Não foi a minha mãe biológica que me abandonou no aeroporto, mas foi ela que pagou o preço por isso. Ler as palavras delas fez meu coração se despedaçar por ela”, relembra Elizabeth.

O encontro

Após o tão esperado encontro, Elizabeth surgiu nas redes sociais e atualizou os seguidores sobre como foi o momento.

“Estou ok, tirando o fato que não consigo falar ou pensar. Isso é complicado, eu saí do encontro com algumas perguntas a mais do que eu tinha quando entrei. Mas estou muito feliz que eu fiz”, começa.

Ela ainda revelou que quase desistiu do encontro, mas que agradece por ter ido em frente e revelou planos para ver Emily de novo.

“Eu provavelmente vou ver minha mãe biológica novamente. Nós teremos um relacionamento próximo fazendo tranças no cabelo uma da outra? Provavelmente não, mas eu estou bem”, revelou.

No vídeo em que detalha o encontro de 6 horas de duração, Elizabeth diz: “Tudo é muito estranho. Ela foi muito gentil comigo, essa mulher não tem um osso de maldade em seu corpo”.

Sobre as semelhanças, ela disse que se enxergou na personalidade da mãe biológica: “Fisicamente eu não vejo muitas semelhanças, mas em sua natureza bondosa e comportamento geral, eu vi muita semelhança comigo ali”.

No dia seguinte, as duas tomaram café da manhã e andaram na praia e, no último momento, Elizabeth lembrou de falar para Emily que sua mãe adotiva queria agradecê-la.

Em uma resposta emocionante, Emily disse: “Eu não tenho nada a não ser o maior amor, respeito e apreciação pela sua mãe. Ela te deu o que eu não pude. Então, por favor, a agradeça por mim”.

Elizabeth respondeu: “Emily, só para você saber, minha mãe nunca me criou para ter nenhum sentimento ruim com você. Nós sempre te tivemos em um lugar de amor e compaixão”.

Emily relembrou a luta que viveu dentro de uma casa com a cultura japonesa muito forte: “Elizabeth, nunca foi sobre eu não te querer, eu só sabia que eu não poderia te prover a vida que você merecia. Meu pai teria me chutado de casa e as duas acabariam na dificuldade”.

Elizabeth finalizou sua história agradecida “Mais que nunca, eu só estou tão agradecida por ter duas mães que me amaram, e eu sou quem eu sou por causa delas”.

Marie Claire/Globo

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