‘Cabeça de Ozempic’: entenda o efeito colateral que viralizou nas redes [vídeo]

Não é novidade para ninguém que o Ozempic, medicamento da Novo Nordisk aprovado originalmente para o tratamento do diabetes tipo 2, se tornou um dos remédios mais vendidos no mundo, após ser associado por vários estudos e relatos de usuários, com a perda de peso. Mas, como toda medicação, ele tem seus efeitos colaterais.

Um deles, a chamada “cabeça de Ozempic”, no qual a cabeça das pessoas ficaria desproporcional ao resto do corpo, viralizou nas redes sociais, principalmente depois que um vídeo da cantora e youtuber Mari Fernandez, com mais de 5,9 milhões de visualizações no TikTok, passou a receber milhares de comentários sobre o suposto efeito secundário do remédio.

A postagem, na qual os usuários atribuem o “crescimento” da cabeça a uma consequência do emagrecimento do corpo, levou o Ozempic, que já era supercomentado, aos trending topics. Tendo como princípio ativo a semaglutida, a caneta injetável da farmacêutica dinamarquesa custa no Brasil entre R$ 700 e R$ 1000.

O Ozempic faz a cabeça crescer?

Não há, até o momento, evidências científicas ou relatos de que a semaglutida possa aumentar o tamanho da cabeça dos usuários, o que, no caso do vídeo, seja apenas uma consequência do chamado de “efeito cabeçudo”, um defeito de gravação causado por uma distância focal curta.

No entanto, um outro termo que tem sido atribuído à medicação — rosto Ozempic — tem sido relatado por alguns usuários, tanto para os que utilizam o medicamento para tratar diabetes como os que o usam para perda de peso. O efeito colateral faz com que a pele do rosto do paciente fique flácida, tornando a pessoa aparentemente mais velha.

Segundo o site Medical News Today, o “rosto Ozempic” ocorre quando a perda de peso causa alterações dermatológicas e encolhimento na pele da face porque a gordura facial, que exerce uma função protetora e amortece a pele, sai do lugar com o uso do medicamento.

É perigoso tomar o Ozempic?

Assim como qualquer remédio, o Ozempic tem uma série de efeitos colaterais. Mas isso se torna mais grave, quando o medicamento é usado indevidamente e sem orientação médica, para emagrecer. No Brasil, a Anvisa aprovou o uso do Wegovy, também de semaglutida, para tratamento da obesidade e o sobrepeso em adolescentes acima dos 12 anos.

A semaglutida é um componente similar ao hormônio GLP-1, que atua na secreção de insulina pelo pâncreas, auxiliando na regulação do nível de glicemia. A molécula causa o emagrecimento, pois atrasa o esvaziamento do estômago, e prolonga a sensação de saciedade por mais tempo, além de atuar nas vias de regulação do apetite, no sistema nervoso central.

A semaglutida pode causar outros efeitos colaterais, como náuseas, vômitos, diarreia, constipação, fadiga, dor de cabeça, perda de cabelo, reações alérgicas, que podem ser consultados na bula.

TecMundo