De acordo com economistas ouvidos pelo Metrópoles, o alto valor do dólar encarece o preço do combustível
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) criticou nesta semana o preço dos combustíveis e afirmou que o governo federal não é o “vilão” pelo valor final pago pelos motoristas. Mas, afinal, quem é?
Há quatro tributos que incidem sobre os combustíveis vendidos nos postos: três federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins) e um estadual (ICMS). No caso da gasolina, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a composição do preço nos postos se dá da seguinte forma:
- 27,9% – tributo estadual (ICMS)
- 11,6% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins)
- 32,9% – lucro da Petrobras (indiretamente, do governo federal, além dos acionistas)
- 15,9% – custo do etanol presente na mistura
- 11,7% – distribuição e revenda do combustível
Para o diesel, a segmentação ocorre de maneira diferenciada, com uma fatia destinada para o lucro da Petrobras significativamente maior.
- 15,9% – tributo estadual (ICMS)
- 7% – impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins)
- 52,6% – lucro da Petrobras
- 11,3% – presença de biodiesel na mistura
- 13,2% – distribuição e revenda
Atualmente, o valor médio cobrado pelo litro da gasolina nos postos é R$ 5,866. Enquanto o diesel é comercializado, em média, por R$ 4,661.