A 73ª edição do Miss Universo aconteceu na Arena CDMX, na Cidade do México, na noite deste sábado (16), e consagrou a Miss Dinamarca, Victoria Kjaer Theilvig, a grande vencedora. A Miss Nigéria, Chidimma Adetshina, ficou em segundo lugar.
O Top 3 foi fechado pela Miss México, María Fernanda Beltrán, a dona da casa. A tailandesa Suchata Chuangsri ficou em 4º lugar, e venezuelana Ileana Márquez em 5º.
Foi a primeira vitória do país europeu. A última vez que a Dinamarca chegou perto da coroa foi em 1963, com Aino Korva, quando ela ficou em 2º lugar no Miss Universo vencido pela gaúcha Ieda Maria Vargas, a primeira brasileira a vencer a competição.
A pergunta final ajudou a definir a vencedora. Perguntada sobre qual a mensagem para as mulheres que se sentem inspiradas pela Miss Universo, Victoria fez um discurso forte sobre o poder de transformar dificuldades em fortaleza:
Minha mensagem para todo mundo que nos assiste: não importa de onde vem ou seu passado. Você pode escolher transformá-lo em sua força. Isso nunca vai definir quem você é. Você só precisa continuar lutando. Eu estou te enviando [essa mensagem] hoje, porque eu quero mudar, eu quero fazer história. E é isso que estou fazendo nesta noite. Então, nunca desista e sempre acredite em você mesmo, nos seus sonhos, pare o ciclo. É exatamente o que se deve fazer. Obrigada.
Victoria Kjaer Theilvig
Victoria já havia dito abertamente que foi vítima de abuso. Ao canal do YouTube do Miss Universo, ela relatou que vem de uma família disfuncional com histórico de dependência de drogas, o que também gerou traumas quando mais nova, período em que também sofreu abusos. “Tenho apenas 20 anos e estou aqui hoje como a versão mais forte que já fui”, falou Victoria no vídeo. Ela fez 21 anos na última quarta (13).
Hoje em dia Victoria faz trabalhos com temática de saúde mental com mulheres que tiveram experiências similares a dela.
Assista o momento em que Victoria é anunciada vencedora:
O concurso de 2024 já tinha começado fazendo história: foi a primeira vez que o concurso tem mais de 120 países e territórios competindo, e também uma mãe-solo com vitiligo — a candidata com surdez desistiu na quinta (14).
O concurso foi transmitido pelo canal americano da Telemundo, sem cobertura no Brasil. O canal do Miss Universo também transmitiu sem tradução simultânea em português e mediante assinatura paga. A representante brasileira não se classificou pela quarta vez seguida.
O primeiro corte para o Top 30 foi anunciado logo no início da transmissão. França, Índia, Sérvia, Vietnã, Porto Rico, Nigéria, Canadá, Cuba, China e Japão foram as dez primeiras selecionadas para a próxima etapa. Também seguem na disputa: Egito, México, Argentina, Tailândia, Peru, Macau, Filipinas, Equador, Bolívia, Malásia, Rússia, Aruba, Finlândia, República Dominicana, Camboja, Nicarágua, Dinamarca, Venezuela, Zimbábue, Chile.
Todas 30 semifinalistas desfilaram em traje de banho. Etapa definiu o Top 12.
Avançaram para o Top 12: Bolívia, México, Venezuela, Argentina, Porto Rico, Nigéria, Rússia, Chile, Tailândia, Dinamarca, Canadá, Peru.
Após intervalo, as 12 candidatas restantes estão desfilando em traje de gala. A somatória das notas vai definir o Top 5 de finalistas.
Formaram o Top 5: Nigéria, Dinamarca, México, Tailândia e Venezuela. Elas passaram pela etapa das perguntas para somar notas em busca da coroa.
O Brasil foi representado pela pernambucana Luana Cavalcante, 25, que não conseguiu se classificar. Ela buscava ser a primeira mãe vencedora do concurso. Desde 2023 mães e casadas podem competir, e desde este ano todos países puderam retirar o limite de idade de 28 anos — a única exigência é ter mais de 18 anos.
Se vencesse, Luana quebraria o jejum de 56 anos sem vitórias do Brasil e pode trazer a terceira coroa para o país. A última foi em 1968, com a baiana Martha Vasconcellos.
Ao todo, 125 países e territórios buscavam a coroa de Miss Universo. A representante da Itália, Glelany Cavalcante, é ítalo-brasileira e nasceu em Feira de Santana (BA), mas também não conseguiu se classificar. Eram 128 candidatas, mas as misses do Panamá, África do Sul e Kosovo deixaram a competição antes da final. As duas últimas por motivos de saúde.
A Miss Cuba, Marianela Ancheta, conseguiu se classificar no retorno do seu país ao concurso. A última participação de Cuba foi em 1967.
A Miss EUA, Alma Cooper, uma afro-latina que é oficial do Exército dos Estados Unidos, não se classificou. Foi a primeira vez que os EUA não classificaram em 14 edições.
A noite final começou com show de abertura e anúncio do Top 30. Após o primeiro desfile, foi formado o Top 12. Apenas cinco países avançaram no último corte para o Top 5, para enfim anunciar a vencedora. Dois prêmios especiais já tinham sido divulgados: A Miss Trindade e Tobago, Janelle Thongs, levou o Miss Simpatia, e a Miss Honduras, Stephanie Cam, ficou com o Prêmio de Melhor Pele.
Veja momentos do concurso
Fonte: UOL