Uma grávida sobreviveu à passagem do furacão Helene pela Carolina do Norte de forma surpreendente. Junto a seu cachorro, ela lutou contra a enchente que assolou cidades do estado norte-americano em cima de um colchão por cerca de oito horas. (O furacão Helene foi registrado nos Estados Unidos, na Flórida, na quinta-feira, 26 de setembro de 2024. A tempestade atingiu a costa perto de Perry, na Flórida, com ventos de 225 km/h e rajadas mais fortes)
Em entrevista à emissora WXII 12, Emily Russel contou que ficou presa em casa, em Swannanoa, por horas no dia 27 de setembro. Ela não sabia se o socorro estava caminho e via que os níveis da água não paravam de subir.
“Eu realmente pensei que fosse me afogar na minha própria casa. Era como se você estivesse presa numa ilha. Eu simplesmente não sabia o que fazer. Não havia como sair de casa naquele momento”, disse Emily, que deve dar à luz em algumas semanas.
A enchente causada pelo furacão Helene pegou a todos de surpresa. Por sorte, Emily e seu cão subiram em um colchão inflável dentro de casa e, assim, ficaram presos por quase oito horas à espera do resgate.
De dentro de sua residência, ela via, chocada, trailers e carros flutuando na rua, o que a deixava ainda mais desesperada. Em seguida, ouviu parte de sua casa desabar.
“Quando você começa a ouvir isso, é quase como um filme. E então a porta da frente, a água a empurrou para dentro e ela empurrou a porta dos fundos. Em 30 segundos, a água estava até o pescoço, Você vai do sentimento mais assustador para quase paz porque já estava com muito medo e seu corpo está ficando frio por estar na água”, relembrou a futura mamãe.
Após longas horas de agonia, o marido de Emily, David, finalmente chegou à casa. A grávida não titubeou e pensou:
“No minuto em que o vi, pensei: ‘Esta é minha única chance de sair.’ Então, eu e o cachorro fomos pelo jardim da frente, mas as correntes eram tão fortes que só consegui andar uns 3 metros. Tive que gritar: ‘Não consigo mais andar ou a corrente vai me levar”, destacou.
O furacão Helene matou, ao menos, 200 pessoas por onde passou nos Estados Unidos. Segundo a imprensa local, centenas de pessoas seguem desaparecidas.