Mulher é apontada como líder do Primeiro Grupo Catarinense, organização criminosa que atua nos litorais do Paraná e Santa Catarina
Presa desde 23 de outubro, Gislaine, também conhecida como Gigi Perigosa, é apontada pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) como suspeita de ser a mandante em 150 homicídios realizados no Litoral do estado, desde 2018. Esse número equivale a 80% de todos os crimes dessa natureza na região.
Gigi Perigosa é apontada também como líder do Primeiro Grupo Catarinense, organização criminosa responsável por atuar no tráfico de drogas nos litorais do Paraná e Santa Catarina.
Os homicídios apontados sob a responsabilidade da mulher estariam ligados a disputa por pontos de tráfico no Litoral do Paraná, em especial em Paranaguá, cidade um dos principais terminais portuários do Brasil.
Esses conflitos envolvem especialmente o Primeiro Comando da Capital (PPC), apontado como principal facção antagonista do Primeiro Grupo Catarinense.
Além de Gigi Perigosa, o Primeiro Grupo Catarinense apresenta uma estrutura com diversos investigados da PCPR:
- Rafael, vulgo Carioca: marido de Gislaine e responsável por organizar o grupo junto da esposa;
- Elias, Joede, José Eduardo, Valdecir, Jorge Fernando, Renan e Leonardo: responsáveis por planejar e executar os homicídios a mando de Gislaine. Leonardo é irmão de Gigi Perigosa;
- Thaylize: responsável pelo armamento da organização, seja a distribuição ou para desova após os crimes;
- Geslaine: responsável pelas fugas e lavagem de dinheiro da organização;
- Ruan: cuidada do levantamento e logística das ações criminosas.
Entre os assassinatos promovidos pelo Primeiro Grupo Catarinense está o de Fábio, de 22 anos. O homem foi executado na frente da residência, com a esposa e a filha do rapaz tendo sido baleadas, mas sobrevivido.
A esposa de Fábio foi a responsável por identificar os executores do marido e apontou Elias e Joede como responsáveis. Ambos foram presos em flagrantes após o crime e se encontram detidos na Casa de Custódia de São José dos Pinhais.
Gigi Perigosa e outros integrantes do grupo estão presos
Além de Gigi Perigosa, Elias e Joede, outros integrantes do Primeiro Grupo Catarinense também estão presos.
Rafael e José Eduardo estão detidos na Casa de Custódia de São José dos Pinhais junto de Elias e Joede.
Já Valdecir, Jorge Fernando, Thaylize e Geslaine são monitorados pela Justiça por meio de uma tornozeleira eletrônica.
Por fim, Renan e Leonardo estão foragidos da Justiça, enquanto Ruan foi assassinado em janeiro de 2023.