A ciência se concentra em exames que facilitam a detecção do câncer e podem até revolucionar o tratamento. Uma das descobertas mais recentes fica por conta da Aston University (Reino Unido). Os pesquisadores usaram a luz para desenvolver uma técnica mais rápida para identificar a doença, conforme apresentaram na revista Scientific Reports.
A nova técnica permitiu que os pesquisadores conduzissem uma análise detalhada camada por camada de amostras de sangue seco. Ao todo, eles analisaram 108 amostras de três grupos: voluntários saudáveis, voluntários com câncer de próstata e um terceiro grupo com maior probabilidade do câncer se espalhar agressivamente.
O comunicado divulgado pela Aston University diz que a técnica de reconstrução de imagem é baseada em polarização, e concentrada em analisar estruturas policristalinas em amostras de sangue seco.
Acontece que as proteínas no sangue mudam sua forma e como elas se encaixam durante os estágios iniciais de doenças como o câncer.
Com isso, a equipe usou mudanças na estrutura das proteínas para detectar e classificar células.
Nova técnica para detectar câncer
“Nosso estudo introduz uma técnica pioneira no domínio da biópsia líquida, alinhando-se com a busca contínua por métodos de diagnóstico não invasivos, confiáveis e eficientes”, diz a equipe, no comunicado.
“Um avanço fundamental em nosso estudo é a caracterização da média, variância, assimetria e curtose das distribuições com as células, o que é crucial para identificar diferenças significativas entre amostras saudáveis e cancerosas”, complementa o grupo de pesquisadores.
“Esta descoberta abre novos caminhos para o diagnóstico e monitoramento do câncer, representando um salto substancial na medicina personalizada e oncologia”, conclui.
Precisão do teste
O relatório revela uma taxa de precisão de 90% tanto no diagnóstico precoce quanto na classificação do câncer. Outro ponto ressaltado pelos pesquisadores é que, como a técnica depende de amostras de sangue em vez de biópsias de tecido, o risco é menor.
Os próprios reconhecem que a nova técnica tem potencial para “revolucionar o diagnóstico do câncer, a detecção precoce, a estratificação e o monitoramento do paciente”. Resta aguardar pelos próximos estudos!
Via: CanalTech (com: Scientific Reports, Aston University)