A mulher já foi presa por tráfico de drogas e absolvida de duas acusações de homicídio
Jucimara Maria de Freitas Tavares, de 56 anos, conhecida como “Viúva Negra do PCC (Primeiro Comando da Capital)” foi morta na noite de terça-feira (13), em Paranaguá, no litoral do Paraná. Jucimara foi assassinada com 15 tiros no mesmo lugar onde ordenava mortes de integrantes da facção que estariam devendo.
A mulher era quem determinava a pena de cada membro da facção e normalmente era a morte dessas pessoas. Segundo o advogado Paulo Veiga, Jucimara teve uma vida marcada por acusações e “uma condenação que envolve o tráfico de drogas”.
A primeira vez em que a mulher teve passagem pela polícia foi em 1995, quando foi presa por tráfico de drogas e ficou detida por mais de dois anos. Já em 1998 e 1999 foi presa novamente. Conforme as informações da RICtv, de 2008 a 2013 foi o período em que ficou mais tempo na prisão, por causa de uma suspeita no envolvimento na morte de um companheiro.
Já em 2019, Jucimara voltou a ser alvo da polícia em razão de uma tentativa de homicídio, também contra um companheiro. E por isso, a mulher começou a ficar conhecida como “Viúva Negra do PCC”. Ainda no mesmo ano, a mulher foi presa com mais seis pessoas em uma mega operação da Polícia Civil do Paraná (PCPR) contra o tribunal do crime que atuava em Paranaguá.
Jucimara foi julgada duas vezes por júri popular e foi absolvida. “A sociedade de Paranaguá reconheceu que ela não tinha envolvimento com isso e absolveu ela das acusações […] Em duas oportunidades [o povo de Paranaguá] afastou o envolvimento dela com o PCC e nas possíveis mortes”, explicou Paulo.
No entanto, ao longo dos anos, outras facções criminosas tentam ocupar os pontos de tráfico de drogas que antes eram liderados pelo PCC, e isso motivou uma guerra entre os criminosos. O advogado relata que a forma como Jucimara morreu é típico de disputa de território. “É um cenário típico de pessoas que têm envolvimento com o tráfico de drogas. É uma situação atípica, que indica talvez, que ela realmente ainda estava ligada ao tráfico e de que talvez ela fosse uma membra do PCC”, disse.
A partir de agora, a Polícia Civil do Paraná (PCPR) irá seguir com as investigações e também o Ministério Público do Paraná (MP-PR) irá apurar o delito e apontar se Jucimara realmente fazia parte da facção, segundo o advogado Paulo Veiga.