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Café mais caro do mundo é feito com cocô de animal e pode custar R$ 14 mil

O modo de produção do Kopi Luwak, também conhecido como café civeta, é fortemente criticado pela causa animal; entenda

Quanto você estaria disposto a pagar por uma xícara de café? Acredite se quiser: os apaixonados pela bebida bancam valores astronômicos para experimentar versões exóticas, como é o caso do Kopi Luwak, conhecido como o mais caro do mundo. Além do preço surpreendente, outro detalhe chama atenção: esse café é feito utilizando as fezes de um animal.

Produzido na Indonésia e nas Filipinas, seus grãos são extraídos do cocô de civeta, mamífero asiático que vive em florestas tropicais. Apesar do procedimento parecer pouco atrativo, não há resquícios dos dejetos no produto final. O animal se alimenta da polpa do café e as sementes passam intactas pelo seu sistema digestivo.

As civetas são animais nativos do continente africano e asiático — Foto: Globo Rural

No caminho pelo sistema digestivo da civeta, enzimas e bactérias fermentem as cerejas, o que, de acordo com quem conhece o assunto, dá um sabor frutado, pouco amargo e nada ácido.

O que faz esse tipo de café ser tão caro?

Leandro Paiva avalia que, assim como o Marfim Negro ou do Jacu, o Kopi Luwak possui estratégias de marketing e promoção mais fortes do que a própria qualidade. E isso valoriza o produto. “No caso do Kopi Luwak, há a ideia de preservar as matas da Indonésia. Então, você acaba comprando um café para auxiliar a mata, e preservando a mata, o bichinho que está em extinção também é protegido”, explica.

A bebida também é conhecida como Café Civeta — Foto: Globo Rural/ Reprodução

Na Inglaterra, uma xícara de Kopi Luwaki chega a custar 50 libras esterlinas, o equivalente a pouco mais de R$ 300. Um quilo deste café chega a ser vendido por R$ 14 mil.

Mas sua produção não deixa de ser alvo de críticas de ativistas da causa da proteção animal. Uma iniciativa da ONG World Animal Protection pede o fim da criação de civetas em cativeiro. “Estamos pressionando os fornecedores deste produto para manterem em seus estoques somente o café obtido por meio de indivíduos criados em liberdade”, afirma a publicação.

GLOBO RURAL

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