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Polícia Civil orienta população sobre importância de denunciar crimes contra a pessoa idosa

No Paraná, as denúncias apuradas envolvem agressões físicas, violência psicológica, maus-tratos a idosos, negligência, abandono em hospitais ou casas de saúde. Além de casos em que familiares se apossam de cartões bancários e aposentadorias das vítimas.

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) orienta a população sobre a importância do registro da denúncia em casos de crimes contra pessoas idosas, além de reforçar a atuação da instituição nas apurações das situações recebidas. A recomendação da importância é feita neste sábado (15), no Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa.

A data de 15 de junho foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, em 2006. Ela serve para relembrar a sociedade sobre mecanismos de proteção aos idosos.

No Paraná, as denúncias apuradas envolvem agressões físicas, violência psicológica, maus-tratos a idosos, negligência, abandono em hospitais ou casas de saúde. Além de casos em que familiares se apossam de cartões bancários e aposentadorias das vítimas.  

O delegado e chefe do Núcleo de Direitos Humanos e Proteção a Vulneráveis, Vyctor Grotti, explica que os crimes podem ser denunciados tanto pela vítima quanto por uma pessoa que esteja ciente do fato, a fim de combater com agilidade e eficiência a violência praticada. 

A população pode denunciar de forma anônima através dos números 197 da PCPR, 181 do Disque-Denúncia ou pelo 0800-141-0001, diretamente à equipe de investigação do Núcleo. Também podem registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima.

“É de extrema importância esse tipo de denúncia por parte da comunidade, visto que a pessoa idosa é vulnerável e dificilmente vai até a delegacia. Geralmente os crimes são cometidos às ocultas, em relações familiares. A denúncia é a principal ferramenta que possuímos para conseguir apurar e esclarecer todas as situações”, destaca Grotti.  

UNIDADE ESPECIALIZADA– Em casos de crimes, todas as delegacias de polícia judiciária do Paraná estão aptas a promover o atendimento e investigação de crimes contra a pessoa idosa. Na Capital, em casos de crimes de autoria incerta ou ignorada, a apuração é realizada pelo Núcleo de Direitos Humanos e Proteção a Vulneráveis.

O núcleo é um setor de referência para orientação e atendimento de casos que envolvam crime de ódio contra vulneráveis. A instituição busca monitorar todo o trajeto desde quando o cidadão em situação de vulnerabilidade acionou o pedido de ajuda, até a efetiva solução da demanda.  

“Durante o registro do boletim de ocorrência, a equipe policial realiza a primeira coleta de informações referentes ao caso, além de oitivas da vítima e testemunhas, e devidos encaminhamentos para ajuda e proteção do idoso”, afirma o delegado.  

Além da unidade especializada, o 6° Distrito Policial da PCPR em Curitiba conta com uma sala de acolhimento para as pessoas idosas vítimas de violência, tornando o atendimento mais humanizado.  

O delegado Wallace de Oliveira Brito afirma que um dos alicerces no combate à violência contra o idoso é o atendimento especializado empregado pela equipe policial. “Após o registro, verificamos a procedência das denúncias com rapidez através de entrevistas sumárias da vítima, visitas ao seu domicílio, entre outras providências que possam dar base a pedidos de medida de proteção em favor da vítima idosa”.

CAPACITAÇÕES – Os policiais civis do Paraná estão em constante aprendizado para atuarem da melhor maneira em atendimentos especializados, principalmente em casos envolvendo vulneráveis. 

A PCPR disponibiliza cursos aos servidores com o objetivo de atualizar a atuação diária de polícia judiciária, promovendo uma visão moderna de investigação e melhorando a qualidade do trabalho e o serviço prestado à sociedade. 

O próximo curso será ministrado aos policiais no dia 25 de junho, das 9h às 18h, no auditório da Escola Superior de Polícia Civil, em Curitiba. Serão abordados temas como o atendimento à pessoa idosa e seus direitos; atendimento à pessoa com espectro autista e seus direitos; atendimento à população LGBTI+ e seus direitos; questões centrais do racismo e da discriminação racial.

AEN

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