Debora Custódio está presa preventivamente em Jacarezinho; moça confessou que jogou produto em Isabelly Ferreira por ciúmes
A mulher suspeita de jogar soda cáustica no rosto de uma jovem na última quarta-feira (22), em Jacarezinho, no Norte Pioneiro do Paraná, foi presa nesta sexta (24). Debora Custódio, de 22 anos, foi encontrada no pátio de um hotel do município e revelou que estava sendo perseguida por quatro homens. Entretanto, a Polícia Militar do Paraná (PMPR) desconfiou da versão da moça e encaminhou a suspeita para a delegacia.
Diante da delegada Caroline Fernandes, Debora confessou que foi a responsável por jogar um líquido no rosto da jovem Isabelly Ferreira, que está internada em estado grave no Hospital Universitário de Londrina. Além disso, justificou que encontrou mensagens antigas de Isabelly no celular do namorado, o que teria causado uma crise de ciúmes.
“Ela (suspeita) encontrou um celular na casa da genitora dele (atual namorado) e viu que a vítima falava ‘o que você faz com essa feia?’, e isso causou muito ciúmes. Além disso, disse que não dormia e premeditou tudo. Disse que agiu sozinha, que o convivente não tem nenhuma participação”, contou a delegada Caroline.
Debora é moradora de Jacarezinho, tem 22 anos e um filho de dois anos e meio. A suspeita foi casada com um rapaz que recentemente teve um relacionamento com Isabelly. Atualmente, Debora estava retomando um caso com o ex, que está preso por roubo agravado.
No dia do ataque contra Isabelly, Debora saiu de casa, onde mora com a avó, por volta do meio-dia. Sem informações, a avó da suspeita foi a responsável por buscar o filho de Debora na escola, por volta das 17h. Desde então, a família estava sem informações da moça, que foi presa por volta das 5h desta sexta (24).
Crime premeditado
De acordo com o delegado Tristão, da delegacia de Jacarezinho, a suspeita premeditou o crime e tinha consciência que Isabelly Ferreira passaria pelo local na tarde de quarta-feira (22), quando aconteceu o ataque.
“As imagens evidenciam que foi um crime planejado, ela estudou os passos da vítima. Sabia que ela frequentava a academia e passava por aquele local naquele momento e resolveu cometer a atrocidade”, comentou Tristão.
O delegado ainda revelou que a suspeita disse que queria apenas dar um susto em Isabelly. “Segundo ela (suspeita), queria apenas dar um susto na vítima, não tinha intenção de matar. Todavia, nós encontramos durante buscas em um matagal onde ela descartou as roupas usadas, uma luva. Ou seja, ela tomou todas as cautelas para sua proteção. Então ela sabia a dimensão do dano por isso foi indiciada por tentativa de homicídio”, completou Tristão.
Durante o depoimento, Debora ainda confessou que comprou soda cáustica a cerca de 15 dias em um mercado. Antes de jogar o produto em Isabelly, a suspeita teria misturado o líquido com água. Um copo dentro de uma sacola foi encontrado próximo ao local do crime e encaminhado para análise em Curitiba. Ainda não é possível afirmar qual o produto utilizado para ferir Isabelly.
Mãe de jovem atacada com ácido acredita que filha era monitorada
Regiane Ferreira, mãe de Isabelly Ferreira, acredita que a filha estava sendo monitorada antes de ser atacada com ácido na última quarta-feira (22), em Jacarezinho, no norte do Paraná. A menina está internada em estado grave.
Regiane disse em entrevista para a RICtv Londrina que a rotina da filha é sempre igual e que a suspeita estava esperando por ela no local e horário exato.
“Eu acho que foi premeditado. A Isabelly tem aquele hábito. Sai de casa de manhã, vai trabalhar. Depois vai para academia no horário de almoço. A pessoa sabia que ela ia passar por lá, tanto que estava esperando por ela”.
Regiane contou também sobre o impacto que o ataque pode provocar na filha futuramente. “Vai ser muito difícil para ela. Mas minha filha continua linda e perfeita como Deus fez. De forma nenhuma vai afetar a beleza dela”, desabafou a mãe.
Além disso, a mãe da jovem atacada com ácido revelou que a filha ligou para ela antes de entrar em coma. “Ela falou: ‘Mãe, me queimaram, jogaram um negócio em mim. Me ajuda’. Quando cheguei lá já estava totalmente machucada e não deu mais tempo de conversar com ela”, contou.
Posteriormente, Ferreira contou sobre os relatos das pessoas que socorreram a filha de que ela gritava pela mãe enquanto pedia socorro. “É complicado. Nós fazemos filhos para o mundo e nem sempre estamos juntos. É difícil saber que fizeram isso com um filho seu”.