Rosane descobriu o câncer de mama no ano passado, médicos a disseram que não tinha o que fazer, mas ela não desistiu
Quantas vezes você já ouviu aquela orientação de que, ao descobrir uma doença, sempre devemos buscar uma segunda opinião médica? E aquela outra frase de que “para Deus nada é impossível”? A história de Rosane Beatriz da Silva, de 63 anos, é a prova viva de que isso tudo sempre fez sentido: diagnosticada com câncer, ela foi desenganada pelos primeiros médicos que a atenderam, e curada após buscar outra opinião.
Rosane descobriu o câncer de mama no ano passado, e foi justamente por não descuidar de si mesma: sempre manteve o hábito de buscar os exames de rotina para ver se estava tudo bem.
“Sempre fui uma pessoa saudável, todos os anos eu costumava fazer exames de rotina, estava tudo bem. Mas em 2023 eu fui fazer os exames de rotina, raio X da mama e constou que alguma coisa não estava de acordo. Voltei ao local onde faço as minhas consultas, onde sempre fui muito bem atendida, e o médico pediu que eu fizesse uma ecografia mais aprofundada. Aí constou que eu tinha um nódulo, mas não sabíamos se era maligno ou benigno”
contou Rosane da Silva.
A mulher então começou os trâmites para entender se o nódulo era maligno ou benigno. Foi aí que veio o que poderia ter sido um golpe.
“Quando fiz a minha primeira consulta com um cirurgião, constatou-se que era maligno. Para mim foi uma surpresa, porque a gente nunca espera um diagnóstico desses”
comentou a mulher.
O caso de Rosane tinha sido dado como terminal por outros médicos, mas ela não desistiu. Buscou outras opiniões e quando chegou ao Hospital São Vicente, em Curitiba, os médicos a mostraram que havia, sim, uma alternativa de tratamento.
“Iniciamos a quimioterapia, na primeira dose eu vim a ter uma reação que não estávamos esperando, fui parar na UTI do hospital. Fiquei dez dias internada, logo após iniciei mais três sessões de quimioterapia vermelha, e não tive mais reações nenhuma. Seguiu normal a rotina. Depois fiz mais 12 sessões de quimio branca”
detalhou Rosane da Silva.
Depois de oito meses de tratamento, e quase um mês da última quimioterapia, veio a resposta. Os médicos não só comprovaram que o câncer não era terminal, como encontraram a cura para Rosane.
“Terminei o tratamento e posso salientar que o paciente tem que ter muita força de vontade para não desistir no meio do caminho, para não desanimar. Eu me mantive firme, do começo ao fim, com muita fé, muita oração, pedindo sempre a Deus que me desse força. Só tenho a agradecer a equipe por toda a dedicação. Estou me recuperando das quimio, depois vamos fazer uma cirurgia, mas eu creio, em nome de Jesus, que já estou curada e só tenho a agradecer à equipe do hospital pelo tratamento que recebi. Quando receber um diagnóstico desses, não desanime, siga em frente”
concluiu Rosane.
Humanização no tratamento
A médica Ana Carolina de Miranda e Figueiredo, oncologista do Hospital São Vicente, explicou que o câncer é complexo e exige, por vezes, diferentes caminhos para entendê-lo e, principalmente, vencê-lo.
“São diferentes frentes para que o paciente tenha um melhor desfecho, dentre elas podemos citar a cirurgia, o tratamento sistêmico com medicações e a radioterapia. O tratamento sistêmico é quando o paciente recebe medicações via intravenosa, subcutânea, intramuscular e via oral que circulam por todo o corpo”.
Ana Carolina comenta que, desde a inauguração do Centro de Especialidades e Quimioterapia, o Hospital São Vicente viu os tratamentos evoluírem consideravelmente.
“O tratamento do paciente evoluiu com uma maior qualidade no cuidado direto ao indivíduo, e uma melhor experiência. Por exemplo, na sala exclusiva para infusão das medicações, contamos com amplo espaço que possibilita até mesmo sessão de cinema durante o período de tratamento”.
A preocupação em olhar para o paciente e buscar entender caso a caso também faz diferença. É o caminho da humanização médica.