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Saiba como desenvolver a coordenação motora infantil de seus filhos

É importante saber como e quando se pode estimular a criança para que ela desenvolva a sua coordenação motora

Os pais precisam estar atentos às diferentes etapas do desenvolvimento dos filhos, não só para acompanhar a sua evolução, mas também para ajudar ativamente nesse processo. E é durante a infância que um tópico em especial ganha destaque: a coordenação motora.

É importante saber como e quando se pode estimular a criança para que ela desenvolva a sua coordenação motora, assim como isso deve ser feito da forma correta.

A coordenação motora nos acompanha desde os primeiros dias de vida até a velhice. Isso significa que é algo indispensável para as mais diversas atividades do dia a dia, desde andar, alongar-se e segurar objetos, até escrever, comer e mexer no celular

Por esse motivo, o blog Novos Alunos, do Grupo SEB (Sistema Educacional Brasileiro), preparou este guia prático para você entender o que é coordenação motora infantil e como fortalecê-la e ampliar seu progresso.

O que é coordenação motora?

A coordenação motora nos acompanha desde os primeiros dias de vida até a velhice. Ela compreende o uso da nossa estrutura óssea e muscular — em particular, a localizada nos nossos membros superiores (braços, antebraços e mãos) e inferiores (coxas, pernas e pés).

Isso significa que é algo indispensável para as mais diversas atividades do dia a dia, desde andar, alongar-se e segurar objetos, até escrever, comer e mexer no celular. Portanto, quanto mais simples são os nossos afazeres, menos grupos musculares são utilizados.

Por outro lado, quanto mais complexas são as tarefas que temos na agenda, mais músculos esqueléticos utilizamos — o que estimula não só a execução integrada entre eles, como também o fortalecimento e o refinamento daqueles menos ativados no cotidiano.

Quais os tipos de coordenação motora?

Existem dois tipos de coordenação motora: a grossa e a fina. Neste tópico, você vai conhecer a diferença entre elas e os motivos para ambas serem estimuladas continuamente.  

Coordenação motora grossa

A coordenação motora grossa (também chamada de global) é a que envolve a utilização dos grandes músculos esqueléticos, como o glúteo máximo, o tríceps, o bíceps, o deltoide, o extenso longo dos dedos e afins. Justamente por isso, ela responde pelos movimentos mais gerais do nosso corpo, como pular, dançar, nadar, pendurar-se, levantar pesos etc…

Os seres humanos dominam primeiramente esse tipo de coordenação, em razão da relevância dela para os bebês começarem a se sentar, a engatinhar e a dar os primeiros passos. Portanto, ela é inicialmente estimulada e melhorada na própria rotina de brincadeiras e interações com os pais, familiares, animais de estimação, e por aí vai.

Coordenação motora fina

A coordenação motora fina, por outro lado, é a que faz uso dos menores músculos esqueléticos, como os tendões, o músculo adutor do polegar, os músculos interósseos dorsais dos pés, os músculos lumbricais das mãos, entre outros. Ela é a responsável por aqueles movimentos mais delicados, que envolvem equilíbrio, com maior precisão para conclusão efetiva da tarefa, com trocas entre ações dinâmicas e estáticas.

É o caso de dar nós nos calçados, abrir e fechar portas, digitar em dispositivos eletrônicos, abotoar roupas, encaixar peças de brinquedos umas nas outras e tocar instrumentos musicais. Isso porque esses movimentos são, em sua maioria, relacionados a objetos, isto é, são feitos com a intenção de manuseá-los, utilizá-los, segurá-los, moldá-los e muito mais. Logo, demandam diferentes capacidades.

A coordenação motora fina é desenvolvida de forma simultânea à coordenação motora grossa, desde os primeiros meses de vida. No entanto, ela é dependente diretamente desta última para ser concluída com êxito. Afinal, é preciso, por exemplo, movimentar o braço até a mesa e guiá-lo a diferentes objetos antes de conseguir segurá-los para, só posteriormente, estar apto a escrever, cortar, desenhar, pintar, entre outras atividades.

Por essa razão, a coordenação motora fina é exercitada e refinada continuamente, em especial, na fase escolar a partir dos seis anos de idade, quando as atividades que requerem esse tipo de coordenação se tornam frequentes no cotidiano da criança.

Por que a coordenação motora infantil é importante?

Porque ter uma boa coordenação motora é fundamental para as atividades escolares. Afinal, o desenvolvimento pleno da criança depende bastante das habilidades grossa e fina para que as atividades propostas sejam bem desempenhadas, não levando a complicações futuras no processo de aprendizagem da criança.

Como desenvolver a coordenação motora infantil?

Quando falamos de desenvolver a coordenação motora grossa, você pode investir em promover atividades físicas e esportivas para as crianças fortalecerem sua musculatura esquelética, estimulando o movimento livre e planejado, e a capacidade de marcha.

Vale lembrar que se deve levar sempre em consideração a faixa etária e as habilidades motoras que a criança já apresenta. Veja o exemplo:

  • de 1 a 3 anos — atividades com brinquedos que facilitem o movimento de engatinhar e de andar, como andadores (em cadeira, formato apoiador, formato empurrador etc.);
  • de 4 a 6 anos — brincadeiras que envolvam caminhar até bolas (ou outros objetos móveis), pegá-las e lançá-las;
  • de 7 a 9 anos — principalmente práticas esportivas coletivas, como futebol, vôlei, basquete, entre outros, podendo também investir em esportes individuais, como o tênis;
  • de 10 a 12 anos — esportes livres coletivos e também atividades que são praticadas individualmente, seguindo o seu próprio ritmo, como dança, corrida, andar de bicicleta, entre outros.

Já quando a ideia é desenvolver a coordenação motora fina, o interessante é aumentar o nível de complexidade das tarefas e brincadeiras da criança com o avanço da idade. A seguir, mostramos como fazer isso na prática:

  • de 1 a 3 anos — atividades com brinquedos de empilhar, separar e grudar blocos;
  • de 4 a 6 anos — atividades envolvendo desenho, pintura, quebra-cabeça, massa de modelar e afins;
  • de 7 a 9 anos — atividades com escrita manual, ilustração, corte de figuras e jogos lúdicos de encaixe;
  • de 10 a 12 anos — atividades recreativas diversas, como plantar e cultivar flores em vasos de plástico, criação de histórias em quadrinhos e montagem de castelo com colagem de palitos de picolé.

Viu só como a coordenação motora infantil está relacionada com os estudos, com as atividades escolares e com o desenvolvimento social das crianças? Por isso, é importante pensar em alternativas para estimulá-las no cotidiano, sempre com criatividade e diversidade para tornar esse processo mais lúdico e interessante. Como mostramos, opções não faltam. Portanto, inspire-se nelas!

CATRACA LIVRE

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