Um meteoro apareceu no céu de Monte Castelo, em Santa Catarina, na noite de domingo (21). Câmeras da Rede Brasileira de Monitoramento de Meteoros (Bramon) flagraram o fenômeno, que permaneceu brilhando por cerca de 3 segundos e foi visto em diferentes cidades.
Os meteoros são formados por pedacinhos de rochas espaciais, como cometas e asteroides, que entram na atmosfera e são queimados, emitindo luz. Já o evento aconteceu às 19h32 no estado de Santa Catarina, e foi registrado por estações da Bramon nas cidades de Monte Castelo, Florianópolis e até em Santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Quando meteoros são muito brilhantes, podem ser chamados de bolas de fogo e bólidos. No caso, o objeto em questão pertence à segunda categoria, que inclui bolas de fogo que explodem no fim da trajetória rumo à superfície.
Segundo Jocimar Justino, que cuida da estação de Monte Castelo, o mais comum é que as câmeras registrem meteoros mais tênues. “Com o aumento das estações de monitoramento ao redor do mundo este tipo de evento está sendo cada vez mais documentado”, acrescentou.
As equipes que operam as estações analisaram os dados obtidos e estimam que o meteoro entrou na atmosfera em um ângulo de 21º enquanto se movia a mais de 110 mil km/h. O objeto brilhou primeiro a 108 km de altitude sobre Blumenau (SC), e desapareceu na região de Rio do Campo.
Apesar da chuva de meteoros Líridas ter chegado ao pico, o meteoro registrado não tem relação com o fenômeno. “O meteoro foi visto às 19h32, muito cedo para ser um exemplar da chuva de meteoros Líridas”, explicou Jocimar ao Canaltech.
Ele observou que, no horário do registro, a constelação da Lira ainda não estava visível. É ali que fica o radiante (a direção de onde os meteoros parecem vir) desta chuva, daí seu nome.
“Através da triangulação feita entre as estações da BRAMON foi confirmado que se trata de um meteoro esporádico, ou seja, que não pertence a nenhuma chuva de meteoros catalogada”, finalizou.
Outro belo fenômeno foi registrado pelas câmeras da BRAMON no sul do país há alguns meses. Em dezembro, um meteoro brilhou no céu catarinense, viajando a cerca de 50 mil km/h, velocidade 40 vezes maior que aquela de um avião comercial.