O dinheiro foi apreendido durante o cumprimento da Operação ‘Follow The Money’
Vídeo divulgado pela Polícia Federal (PF), nesta sexta-feira (8), mostra o momento em que 3 milhões de dólares são encontrados em uma mansão do bairro Mercês, em Curitiba. O dinheiro foi apreendido durante o cumprimento da Operação ‘Follow The Money’, que investiga crimes de lavagem de dinheiro a partir do tráfico de drogas. Nas imagens, é possível ver que o dinheiro estava escondido atrás de uma parede, que é derrubada pelos agentes.
Segundo os investigadores, o dinheiro foi encaminhado à Caixa Econômica Federal para contagem e depósito judicial.
A Polícia Federal (PF) aponta que os indícios são de que a organização criminosa utilizava diversas estratégias para dissimular a origem do dinheiro, como negócios simulados com imóveis, veículos, transportes e na área de óleos e lubrificantes. ‘Follow the Money’ significa “siga o dinheiro”, e a investigação de fato concentrou-se em análises financeiras e patrimoniais que abrangeram quase 500 contas bancárias. Ao todo, mais de dois bilhões entre créditos e débitos foram movimentados nos últimos anos.
O líder dessa organização já havia sido preso por tráfico internacional de entorpecentes e utilizava-se de documentos falsos para não chamar a atenção.
Operação
Além de Curitiba, outras dez cidades do Paraná foram alvo de mandados. Ações também aconteceram em Santa Catarina e Ceará.
Cerca de 200 policiais federais e 20 auditores da Receita Federal foram às ruas na quarta-feira (6), cumprindo 33 mandados de busca e apreensão.
Durante os trabalhos, foram identificadas ao menos mais duas remessas de cocaína vinculadas ao grupo criminoso, sendo uma delas uma apreensão de 700kg de cocaína ocultos em uma lixeira de metal que seria transportada para o nordeste do Brasil, provavelmente para embarque com destino ao exterior. A outra se refere a uma apreensão de aproximadamente 800kg de cocaína em um navio rebocador na região de Santa Catarina.
Para a lavagem de dinheiro, o chefe do grupo utilizava-se de dezenas de pessoas e de empresa laranjas. E, com o intuito de ocultar ou dissimular a verdadeira propriedade dos bens, adquiria veículos de luxo em nome pessoas físicas sem capacidade econômico-financeira (laranjas).
Os imóveis para seu uso próprio eram adquiridos em nome de uma imobiliária e de uma empresa de participações, as quais foram responsáveis pela aquisição de ao menos 3 imóveis de luxo em Curitiba que eram utilizados para moradia.