O advogado de Sara Regina, de 41 anos, mãe suspeita de matar o próprio filho, de três dias, em Araruna, 21,4 km de Campo Mourão, afirmou que ela não sabia da gravidez quando esteve na cidade de Terra Boa.
“Quando estava na cidade, ela descobriu a gravidez depois de ter fortes contrações, mas o hospital não quis realizar o parto por ela não ter feito o pré-natal. Em Araruna, foi até o hospital, deu à luz e voltou para casa”, explicou a defesa.
Além disso, o advogado informou que a mulher, que não sabia da gravidez, cometeu o crime quando estava em estado de puerpério. “Está totalmente abalada e em choque. Mas cumpro informar que Sara é uma boa mãe”, disse.
Puerpério é o período pós-parto que o corpo da mulher passa por diferentes mudanças fisiológicas até voltar às condições que estava antes da gravidez.
Prisão e investigação
A Polícia Civil trabalha com duas possíveis linhas de investigação. Segundo a delegada Karoliny Neves Marques, o caso pode ser tratado como homicídio ou infanticídio. A apuração continua e a mãe permanece presa, a princípio, por ocultação de cadáver, informou a delegada.
A mulher é suspeita de ter asfixiado a criança recém-nascida logo após dar à luz ao bebê. Familiares relataram que a mulher escondeu a gravidez durante a gestação.
Depois do parto, uma enfermeira foi até a casa da família para visitá-la, quando os familiares relataram que não havia recém-nascido na casa. O Conselho Tutelar foi acionado e a Polícia Civil iniciou as investigações.