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Espécies invasoras: os 5 piores casos no Brasil

Elas são o terror dos ambientalistas. Conheça cinco vezes em que espécies invasoras causaram grande estrago na fauna do Brasil

Temidas por biólogos e ambientalistas, as espécies invasoras, muitas vezes resultados da expansão humana, representam um risco real para a biodiversidade e podem levar à extinção de diversas espécies. Uma espécie invasora é um organismo, seja animal, vegetal, ou microbiano, que é introduzido em um ecossistema fora de sua área de distribuição natural e que, uma vez estabelecido, ameaça a biodiversidade local, os ecossistemas e, por vezes, a saúde humana. Vamos conhecer cinco espécies invasoras que tem tirado o sono de ambientalistas no Brasil.

1. Capim-Colonião (Panicum maximum):

Capim-Colonião (Panicum maximum) Foto: Wikimedia commons

O capim-colonião, originário da África, foi introduzido no Brasil com a intenção inicial de servir como forragem para o gado. Contudo, essa espécie invasora rapidamente demonstrou uma capacidade excepcional de adaptação ao clima brasileiro, tornando-se uma presença dominante em pastagens e áreas naturais.

Seu crescimento descontrolado destrói a biodiversidade local, suprimindo o desenvolvimento de plantas nativas e impactando negativamente a cadeia alimentar local e todos os ecossistemas da região. Além disso, o capim-colonião competiu com outras espécies vegetais, desencadeando um desequilíbrio ecológico que afeta tanto a fauna quanto a flora brasileiras.

2. Percevejo-Marrom (Halyomorpha halys):

Percevejo-Marrom (Halyomorpha halys) Foto: Wikimedia Commons

O percevejo-marrom (Halyomorpha halys), originário da Ásia, inadvertidamente encontrou no Brasil um ambiente propício para sua proliferação, demonstrando uma incrível capacidade de adaptação às condições locais. Este inseto invasor, acidentalmente introduzido, tornou-se uma ameaça para a agricultura brasileira devido à sua voracidade alimentar e à ampla variedade de culturas que ataca.

Com sua preferência por uma diversidade de plantas, incluindo soja, frutas e hortaliças, o percevejo-marrom compromete a produção agrícola, causando danos diretos às colheitas. Seu aparelho digestivo possui estruturas especializadas que injetam toxinas nas plantas. Impactando não apenas a quantidade, mas também a qualidade dos produtos cultivados. A capacidade do percevejo-marrom de se multiplicar rapidamente agrava ainda mais os danos.

3. Caramujo-Africano (Achatina fulica):

Imagem: Insektenliebe/Reprodução

O caramujo-africano, originalmente introduzido no Brasil como uma alternativa alimentar, transformou-se em um problema ambiental e de saúde pública. Importado por restaurantes de diversas regiões do brasil, como substituto ao escargot, o caramujo  nunca foi bem recebido pelo público brasileiro. Como resultado vários donos de restaurantes lançaram centenas de milhares de caramujos nos rios e lagos do brasil.

Originário da África, esse molusco invasor adaptou-se rapidamente às condições climáticas brasileiras, tornando-se uma presença invasiva em diversas regiões. Com uma grande capacidade reprodutiva, o caramujo-africano compete com espécies nativas por recursos, danifica plantações e se torna vetor de doenças, representando uma ameaça para a biodiversidade local e a saúde humana.

4. Carpas (Cyprinus carpio):

Carpas (Cyprinus carpio) Foto: Wikimedia Commons

A introdução das carpas no Brasil para fins pesqueiros trouxe consigo consequências ambientais significativas. Originárias da Europa e Ásia, essas espécies invasoras estabeleceram-se em ecossistemas aquáticos brasileiros, competindo com peixes nativos por recursos e alterando a qualidade da água. Com um crescimento populacional rápido e impacto na flora e fauna aquáticas locais, as carpas tornaram-se uma ameaça à biodiversidade dos corpos d’água brasileiros. A gestão eficaz dessas populações invasoras torna-se essencial para preservar a integridade dos ecossistemas aquáticos e manter a diversidade biológica.

5. Javalis (Sus scrofa):

Imagem: WildMedia – Shutterstock

A introdução dos javalis na fauna brasileira, inicialmente motivada pela caça esportiva, revelou-se uma decisão desastrosa para os ecossistemas locais. Originários da Europa e Ásia, esses animais adaptaram-se rapidamente ao ambiente brasileiro, caracterizando-se por sua reprodução acelerada e falta de predadores naturais. Essa combinação de fatores resultou em danos significativos às plantações, competição agressiva com espécies nativas e perturbação dos ecossistemas locais.

Os javalis, ao revirarem o solo em busca de alimento, causam prejuízos às plantas e contribuem para o desequilíbrio ecológico em diversas regiões do Brasil. A gestão eficaz desses invasores torna-se crucial para preservar a biodiversidade, mitigar os impactos negativos na agricultura e restaurar a harmonia nos ecossistemas afetados.

Bônus:

Coral-Sol (Palythoa spp.):

Coral-Sol (Palythoa spp.) Foto: Wikimedia Commons

Avistado na costa brasileira nos últimos anos o coral-sol, originário do Pacífico, emergiu como uma presença invasiva nos recifes do Atlântico, tornando-se um desafio significativo para os ecossistemas marinhos. Reconhecido cientificamente como Palythoa spp., esse cnidário é caracterizado por sua capacidade de crescimento rápido e reprodução eficiente.

A introdução não controlada do coral-sol resultou em impactos negativos, sufocando os corais nativos e competindo ferozmente por recursos essenciais. Seu crescimento desenfreado exemplifica como uma espécie invasora pode comprometer a saúde dos recifes de coral, afetando a diversidade marinha e desequilibrando ecossistemas cruciais. A gestão e controle cuidadosos são essenciais para conter a expansão do coral-sol e preservar a integridade dos recifes de coral, fundamentais para a saúde dos oceanos.

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