Com 443 casos confirmados de dengue, o município de Campo Mourão encontra-se em epidemia da doença. Por isso, a administração municipal vai decretar estado de calamidade pública, com adoção de medidas mais enérgicas e inadiáveis.
Além do trabalho de campo dos agentes de endemias e pulverização com bomba costal, a Secretaria Municipal de Saúde vai aumentar o número de médicos na UPA e Pronto Atendimento no Lar Paraná, bem como profissionais da enfermagem para agilizar o processo de medicação e hidratação dos pacientes.
Somente nesta segunda-feira (19), cerca de 700 pacientes foram atendidos com sintomas de dengue no município. “É preciso que fique claro que se a população não colaborar eliminando os focos do mosquito, todo nosso esforço não dará resultados efetivos. A única medida eficaz é evitar a proliferação do mosquito, que além da dengue transmite outras doenças”, enfatiza a secretária municipal de Saúde, Camila Corchak.
O número cada vez mais expressivo de casos tem resultado em maior tempo de espera por atendimento nas unidades. “Sabemos que a pessoa está ali com dores, temos feito o possível para diminuir o tempo de espera, mas enfrentamos limitações de profissionais para prestar assistência”, acrescenta a secretária.
FUMACÊ – Sobre a pulverização com fumacê, ela esclarece que depende de liberação da Secretaria Estadual da Saúde. Porém a medida é considerada de baixa eficácia, porque só mata o mosquito adulto que estiver voando e a maioria das pessoas não segue as orientações de deixar a casa aberta na hora da pulverização.
Além disso, a pulverização contamina bebedouros de animais, mata abelhas e outros insetos responsáveis pelo equilbrio ambiental. “O modo mais eficaz de combate a dengue é a eliminação de criadouros do mosquito. Por isso que os agentes de endemias visitam as residências orientando as pessoas e realizamos caminhadas ecológicas constantemente”, completa.