Conheça as palavras do nosso cotidiano que são derivadas do dialeto do povo indígena brasileiro e que nem imaginávamos
No incrível universo da cultura brasileira, a língua tupi desempenha um papel muito importante, moldando não apenas a essência de suas palavras, mas também a forma como nos expressamos. Esse idioma, falado pelos povos indígenas que povoaram o território brasileiro, deixou um legado, se misturando tão bem à língua portuguesa, que chegamos a não notar.
Descubra agora algumas palavras cotidianas que têm suas raízes no rico idioma tupi.
Conheça as palavras derivadas do tupi que você não fazia ideia
O abacaxi, com seu sabor e aroma que não dá para confundir, tem suas origens no tupi, vindo da união dos termos “ybá” (fruta) e “kati” (cheirosa).
O amendoim, criado pelo termo “mandu’wi”, é usado para se referir a algum legume. Já a Caatinga, a famosa vegetação do nordeste, nasceu do termo “kaa-tínga”, que significa “branca”.
O caju, ou “akaiú” (mato de folhas), e o capim, do tupi “káa” (mato/folha) e “píi” (fino), são exemplos de como as palavras tupis encontraram lugar na linguagem diária e nós nem imaginávamos, descrevendo não apenas frutas e vegetação, mas também características físicas do que está sendo nomeado.
Expressões como “capenga” (do tupi “cang” e “peng”, respectivamente significando “osso” e “torto”) e “guri” (usado para se referir a um “menino”) também são exemplos.
Nossas cidades e paisagens também têm suas origens no tupi. O estado do Pará, foi criado da palavra tupi “pa’ra”, que remete à vastidão do mar, e a beleza da Baía de Guanabara, cujo nome vem do tupi “goanã-pará” (que tem a ver com “baía”), o que mostra a riqueza dos povos nativos no conhecimento de nomes que são capazes de descrever lugares brasileiros.
Expressões como “nhe-nhe-nhem“, que veio do tupi “nheem” (significa “falar”) e “mingau“, originado do “minga’u” tupi, que quer dizer comida pegajosa.
Os vínculos entre o antigo idioma tupi e a língua portuguesa também podem ser encontrados em palavras que nem imaginávamos ser brasileiras, como “catupiry” (vindo de “catupiri”, que significa “excelente”) e “carioca” (surgido de “kari’oka”, que significa a “casa dos carijós”, antigos habitantes do litoral brasileiro).
A influência pode ser vista também em expressões como “pindaíba“, que vem do tupi “pi’nda” (anzol) e “‘ïwa” (vara), descreve a escassez, e em “peteca“, que traz em sua origem tupi o sentido de “bater com a palma da mão”.