Ordem judicial foi necessária para que animais fossem manejados ao zoológico municipal de Curitiba
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou proprietário de área rural, localizada no município de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba, por impedir ação e fiscalização ambiental no local. A equipe do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foi impedida de retirar animais silvestres, entre eles, um tigre (Panthera tigris), que seriam encaminhados ao zoológico municipal de Curitiba. O manejo foi possível somente mediante ordem judicial, após a tentativa de ação dos agentes.
Conforme informações do Ibama, em 2014, foi lavrado auto de infração diante da manutenção irregular de animais silvestres sob a guarda do proprietário da chácara Rei Leão. Em 2021, o zoológico municipal de Curitiba sinalizou que teria condições de receber os animais apreendidos e as autoridades, então, procederam com as diligências para o manejo.
No entanto, ao chegarem no local a equipe do Ibama, acompanhada de agentes da Polícia Militar do Estado do Paraná, foi impedida de entrar na propriedade. A retirada dos animais silvestres só foi possível mediante ordem judicial, cumprida no dia seguinte.
O tigre resgatado morreu 101 dias após a retirada da chácara. As circunstâncias da morte estão sendo apuradas pela autoridade policial e pelo Ibama.
Na denúncia – recebida pelo Juízo da 23ª Vara Federal de Curitiba na última terça-feira (7) – o MPF lembra que a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605/1998), em seu artigo 69, prevê que obstar ou dificultar ação fiscalizatória do poder público no trato de questões ambientais constitui delito. O proprietário da chácara foi denunciado com base nessa norma. A ação penal ainda está em curso na Justiça Federal.
Via: Banda B