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Por que você não deve estourar uma espinha no nariz?

Para a maioria das pessoas, é difícil resistir à vontade de estourar uma espinha, ainda mais se ela surge no nariz. Apesar do desejo, a recomendação de qualquer dermatologista é nunca fazer isso. Agora, médicos alertam para o risco, mesmo que baixo, de meningite em quem espreme uma acne inflamada e com pus na região do rosto conhecida como “triângulo da morte”.

O conselho de nunca estourar uma espinha no nariz foi compartilhado por Ever Arias, médico tiktoker e residente na University of California Irvine Medical Center, nos Estados Unidos. Com uma dose de polêmica — afinal meningites podem ser mortais —, o profissional da saúde acumula mais de 1,1 milhão de views em seu vídeo.

O que é o “triângulo da morte”?

Para o médico Arias, o risco de espremer uma espinha no rosto é alto quando ela está localizada no “triângulo da morte”, também chamada de “triângulo do perigo”. Independente do nome, a região vai do topo do nariz (entre os olhos) até os cantos da boca.

@everariasmd Stop being so creative with your body. Follow this advice and avoid a serious brain infection. Very rare but I have bad luck #triangleofdeath #pimplepop #noseacne #pimple #dermatology #faceacne #skincareroutine #doctorreacts #medical #medicine #physician #CapCut ♬ Spooky, quiet, scary atmosphere piano songs – Skittlegirl Sound

“Há uma razão pela qual esta área é chamada de ‘triângulo da morte’, porque resultou em vários casos de pessoas que perderam a vida como resultado de estourar uma espinha nesta região”, pontua Aris.

Para o especialista, as infecções potencialmente fatais ocorrem pelo fato do nervo facial — que está localizado na área do triângulo — se conectar ao seio cavernoso, ou seja, o sistema de veias que está conectado ao cérebro.

De forma mais simples, espremer uma espinha causa uma lesão na pele. Este machucado permite a entrada de diferentes agentes infecciosos. Se uma bactéria entrar por essa porta e chegar até a corrente sanguínea, ela pode facilmente se espalhar pelo corpo, incluindo a região cerebral.

Em casos raros, espremer uma espinha no nariz aumenta o risco de meningite (Imagem: Pete Linforth/Pixabay)

“Isso pode resultar em coágulos de sangue chamados de trombose do seio cavernoso, mas também pode resultar em uma infecção chamada meningite, que é a infecção das meninges e do tecido cerebral. Outra possibilidade é desencadear abscessos cerebrais”, sugere Arias sobre complicações potencialmente fatais. No entanto, ele próprio classifica o risco como “raro”.

Entenda o risco de espremer espinhas

Após a fala do médico Arias, muitos usuários “brincam” que são sobreviventes e soldados, e que ainda que continuam de pé, apesar de terem estourado espinhas no nariz, na área de comentários. Afinal, é relativamente comum fazer isso, mas é altamente incomum conhecer o caso de alguém que teve meningite por essa causa.

Para Alok Vij, dermatologista da Cleveland Clinic, nos EUA, o risco de desenvolver uma caso de meningite é real após espremer uma espinha. “Felizmente, é relativamente improvável”, acrescenta o médico, sendo mais realista. Inclusive, mesmo problema pode ocorrer em pessoas que colocam piercings no nariz.

Por que não estourar espinhas?

Embora seja por outros motivos, Vij não recomenda para ninguém o hábito de espremer acnes inflamadas. “Honestamente, você deve sempre evitar estourar espinhas”, comenta. “Fazer isso pode causar inflamação, hiperpigmentação pós-inflamatória, cicatrizes e infecções”, acrescenta.

Médicos explicam o porquê de não estourar espinhas no rosto e os ricos (Imagem: Freepik)

Se a espinha estiver incomodando muito, o dermatologista recomenda que, em primeiro lugar, a pessoa faça uma compressa de água quente na região, por um período de 10 a 15 minutos. “Isso ajuda a atrair o pus para a superfície e pode acelerar o processo de cicatrização”, afirma Vij.

Além disso, adesivos especiais ou outros produtos secativos voltados para a pele acneica podem ajudar. Em casos mais graves, a recomendação é que o paciente busque um dermatologista e inicie um tratamento específico, o que pode envolver medicamentos para reduzir o nível de inflamação da pele e antibióticos.

Via: CanalTech (com: Cleveland Clinic)

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