A Secretaria Municipal de Saúde de Cascavel, na Região Oeste do Paraná, confirmou na sexta-feira (13), o primeiro caso de raiva em cão na cidade. Conforme dados da secretaria de Estado de Saúde, desde 1987 não há registro de casos de raiva para humanos no Paraná e desde 2005 não há a circulação do vírus furioso (de cães para cães).
Em 2019, ocorreu um caso de confirmação de raiva de morcego para um felino e em 2020 um cachorro também foi contaminado por morcego – nenhum dos casos de raiva furiosa.
O cachorro, da raça Pitbull, pertencia a uma família moradora do bairro Parque São Paulo. O animal foi encaminhado pelos tutores para uma clínica veterinária particular, onde, diante dos sintomas, os profissionais desconfiaram da possibilidade de raiva. Houve coleta de material e o laudo confirmou a doença. O cachorro foi submetido a eutanásia.
A suspeita é de que o animal tenha tido contato com um morcego. A 20ª Regional de Saúde e o Município de Cascavel também informaram que outros pets e pessoas que estiveram contato com o cão estão passando por exames. Nesta sexta-feira (13), uma ação de vacinação aos outros cães foi realizada no bairro para evitar novos contágios.
O Pitbull, conforme informações repassadas durante a entrevista coletiva das autoridades, havia sido vacinado contra a raiva.
Sintomas
O cachorro apresentou salivação extrema, paralisia de músculos faciais e parou de se alimentar.
Transmissão
Transmitida por mamíferos contaminados, a raiva é uma doença infecciosa. Além de cães e gatos, animais silvestres, como morcegos de qualquer espécie, raposas, quatis e saguis, também podem transmitir a doença, que quase sempre é fatal.
Ao sofrer qualquer tipo de ocorrência por animais mamíferos, a orientação é lavar o ferimento imediatamente com água corrente e sabão, ir rapidamente até uma unidade de saúde e fazer o tratamento corretamente quando for indicado, sem faltar às vacinações.
Para humanos não há indicação de vacinação prévia, com exceção dos profissionais que trabalham na área e com manejo de animais, conforme avaliação baseada no protocolo do Ministério da Saúde. O mesmo protocolo prevê a vacinação de pessoas que possam ter sido expostas a um animal potencialmente transmissor do vírus.
Os produtores rurais também devem adotar medidas preventivas que possibilitem o acompanhamento eficaz de eventuais focos.
Via: O Bem Dito