Uma nova esperança surgiu para quem enfrenta um dos maiores problemas da atualidade! Pesquisadores brasileiros avançaram em estudos e descobriram uma substância que pode ajudar no combate à depressão grave.
O estudo é desenvolvido por cientistas do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). A equipe analisou o efeito da DMT, a dimetiltriptamina, molécula que possui um efeito psicoativo poderoso, em modelos animais.
Ao induzir o estresse em camundongos e dividi-los em grupos, aqueles que receberam o DMT, tiveram uma redução dos sintomas em três dos quatro testes. Os resultados foram animadores e a substância pode salvar vidas!
A misteriosa DMT
A DMT ainda é uma molécula envolta em mistérios.
Encontrada em inúmeros seres vivos, inclusive em humanos, a molécula ganhou notoriedade a partir de infusões de plantas.
A chacrona, por exemplo, é utilizada em rituais sagrados milenares na região amazônica e por grupos religiosos urbanos na elaboração do chá de ayahuasca.
Testes com animais
Os testes foram conduzidos pelo pesquisador Cid Coelho Pinto, com orientação do professor David de Lucena e coorientação da professora Danielle Macêdo.
Depois de induzirem efeitos semelhantes à depressão em camundongos, os bichos foram divididos em cinco grupos.
Um deles foi mantido saudável, sem receber o hormônio. O segundo recebeu apenas água. Outro recebeu quetamina, um anestésico que tem se mostrado promissor no tratamento da depressão persistente.
Já os últimos dois grupos receberam uma única dose do chá de Ayahuasca. A diferença entre eles foi a dosagem: o primeiro recebeu a dosagem padrão da DMT, o segundo recebeu apenas metade.
Resultados animadores
Submetidos a testes comportamentais, que avaliaram sinais como luta pela vida, tempo de imobilidade,e locomoção e memória, os camundongos com DMT tiveram resultados superiores.
No teste do labirinto, por exemplo, aqueles que receberam a dose completa da DMT se saíram melhor.
“O DMT tem se mostrado muito promissor. Os resultados confirmaram em dose única estudos anteriores que haviam sido feitos com várias doses”, contou Cid.
De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), cerca de 300 milhões de pessoas, em várias faixas etárias, sofrem com depressão no mundo.
Estudos futuros
Para estudos futuros, a equipe agora quer realizar uma nova pesquisa, mas desta vez auxiliados por professores da área de psicologia.
O objetivo é utilizar a ayahuasca com pacientes com borderline.
No transtorno de personalidade borderline, a pessoa apresenta, em geral, instabilidade e hipersensibilidade, além de alterações de humor e impulsividade.
O diagnóstico é feito por meio de exames clínicos e psicoterapia.
Para o tratamento, o paciente é acompanhado por médicos e psicólogos, além de fazer uso de medicação específica.
Via: Só Notícia Boa (com informações de Universidade Federal do Ceará)