Primavera começa no próximo sábado (23), mas fim do inverno deste ano é marcado por onda de calor severa em grande parte do país
Uma onda de calor intensa é esperada em grande parte do país nos próximos dias. A última semana de inverno do ano trouxe instabilidade para certas regiões, mas, antes da chegada da primavera no próximo sábado (23), os termômetros voltam a subir, especialmente na parte central do Brasil.
De acordo com a meteorologista Morgana Almeida, do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), uma onda de calor acontece quando as temperaturas máximas passam pelo menos 5 graus do que é esperado para o período. Além disso, a intensidade desse aviso emitido pelo instituto, seguindo protocolos internacionais, está relacionado a quanto tempo esse fenômeno vai durar.
A especialista explica que é esperado para esta semana o predomínio de uma massa de ar quente e seco devido a um bloqueio atmosférico, principalmente em altos níveis de atmosfera.
“A gente tem a atmosfera como se fosse uma laranja fatiada em níveis e, lá no nível de cruzeiro dos aviões, temos uma circulação dos ventos que vai impedir a entrada de frentes frias. E toda essa umidade e o calor que desce da região mais equatorial serão aprisionados na porção oeste da América do Sul”, afirma.
A princípio, grande parte do Centro-Oeste será impactada condição, como os estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Parte da região Norte e um pedaço do Nordeste também serão afetados.
Mais para o final desta semana e início da próxima, essa bolha de ar quente e seco vai sofrer uma expansão, atingindo praticamente toda a região central, grande parte do Sudeste, interior do Nordeste — principalmente Maranhão, Piauí e oeste baiano — e sul da região amazônica.
Desconforto
A meteorologista alerta que esta condição pode trazer bastante desconforto para a população, principalmente para as crianças e idosos. “A gente não vai ter um tempo extremamente seco, a princípio, já que a umidade ainda vai estar em níveis relativamente presentes e pode causar uma chuva mais pontual, mas, por ser tão prolongada, pode causar algum dano à população”, destaca.
Além do impacto direto na saúde das pessoas, o calor excessivo também afeta as infraestruturas, como o setor de energia elétrica, já que as pessoas vão demandar mais de ar-condicionado, por exemplo, além de um maior consumo de água. “É toda uma cadeia que é afetada por conta dessa condição”, afirma a especialista.
Por isso, ela indica que as pessoas tomem alguns cuidados nos próximos dias, como:
- Evitar se expor nas horas mais quentes;
- Reforçar a hidratação;
- Usar roupas mais leves;
- Manter-se atento às informações dos órgãos oficiais de meteorologia e da Defesa Civil.