Classificado como “possivelmente cancerígeno” pela OMS, aspartame aparece na lista de ingredientes de alguns produtos “light”, “diet”, “zero”, “sem açúcar”
Na última quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS), decidiu incluir oficialmente o aspartame entre as substâncias “possivelmente cancerígenas”. A decisão gerou polêmica e dúvida dado que o aspartame é um dos adoçantes artificiais mais utilizados em produtos “light”, “diet”, “zero”, “sem açúcar”, como bebidas, sobremesas, doces, laticínios, gomas de mascar e produtos hipocalóricos.
A preferência por esse produto está associada ao seu alto poder adoçante. Embora o aspartame tenha um valor energético semelhante ao do açúcar (4 kcal/g), sua capacidade adoçante é 200 vezes maior. Ou seja, é necessária uma quantidade muito menor para obter um sabor semelhante.
Apesar do alerta da OMS, o Comitê Conjunto de Especialistas em Aditivos Alimentares da organização e da Organização para Agricultura e Alimentação (JECFA, da sigla em inglês) decidiu o limite de consumo diário atual de 40 mg de aspartame por kg de peso corpora é considerado seguro.
O GLOBO fez uma lista com alguns produtos disponíveis nos supermercados do país e a quantidade de aspartame presente em cada um. Vale ressaltar que a legislação brasileira determina como obrigatória a informação nutricional dos seguintes itens em produtos industrializados: valor energético, carboidratos, proteínas, gorduras totais, gorduras saturadas, gorduras trans, fibra alimentar e sódio. Portanto, em muitos produtos como gelatinas, iogurtes e pudim em pó, o aspartame consta na lista de ingredientes, mas não há detalhamento da quantidade.