O piloto Rudolph Erasmus correu risco de vida por conta de uma cobra mortal que deslizou por suas costas durante um voo
Parecia apenas um voo normal para o piloto sul-africano Rudolph Erasmus, até que ele notou a presença de um passageiro extra em seu avião. O viajante, no entanto, não era um humano, mas sim uma das cobras mais venenosas da África do Sul, que tem cerca de 1,2 metros de comprimento.
Rudolph voava de Worcester, no Cabo Ocidental, para Nelspruit Airfield, no nordeste da África do Sul, na última segunda-feira (3/4). Durante o trajeto, a tripulação teve que fazer algumas paradas ao longo do caminho até chegar no Aeroporto Internacional Bram Fischer, em Bloemfontein, para reabastecer.
Foi quando o piloto percebeu algo estranho tocando seu corpo. “Estávamos navegando a 11.000 pés no ar quando senti uma sensação de frio no meu quadril”, falou Rudolph, em entrevista ao portal de notícias africano Lowvelder.
A princípio, ele pensou que não tinha fechado a garrafa corretamente e que poderia estar pingando água em sua camisa. “Quando virei para a esquerda e olhei para baixo, vi a cobra colocando a cabeça para trás debaixo do meu assento.”
Com a maior calma possível, Rudolph disse à tripulação que havia um “passageiro indesejado” dentro da aeronave e que ele teria que fazer um pouso de emergência. “Eu os informei que uma cobra estava embaixo do meu assento na cabine e eu precisava pousar o avião o mais rápido possível”, disse.
Depois de 10 a 15 minutos de pura tensão, o piloto sul-africano conseguiu pousar no aeroporto mais próximo, em Welkom. Com cuidado, os passageiros desembarcaram, com Rudolph saindo por último. O avião particular transportava quatro pessoas, além da temida cobra.
A presença do réptil, embora chocante, não foi uma surpresa total. Duas pessoas que trabalham no aeroporto de Worcester, onde o avião decolou uma das vezes, disseram ter visto uma cobra se refugiando sob a aeronave. Eles tentaram “agarrá-la”, mas sem sucesso.
Cobra segue desaparecida
Um apanhador de cobras foi chamado ao local para resgatar o animal. No entanto, para o desespero dos viajantes e tripulantes, o animal segue desaparecido.
“Procuramos na segunda-feira até escurecer. Continuamos a busca até que os engenheiros da aeronave chegaram e removeram o interior”, explicou Johan de Klerk, ao portal estadunidense Newsweek.
Não se sabe certamente qual a espécie do animal. Estima-se que seja a letal cobra-do-cabo, ou naja nivea, uma das mais mortais e venenosas do continente africano.
Metrópoles
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