Lua e Marte estarão em conjunção nesta terça-feira (25), ficando mais visíveis na direção norte do céu ao anoitecer
Nesta terça-feira (25), a Lua vai finalizar sua “turnê mensal” de abril pelos planetas do Sistema Solar. Às 23h19, ela vai compartilhar a mesma ascensão reta com Marte, aparecendo bem próximo a ele no céu – um fenômeno conhecido como conjunção astronômica. (Todos os horários aqui mencionados têm como referência o fuso de Brasília).
De acordo com o site In-The-Sky.org, do ponto de vista de um observador baseado em São Paulo, a dupla estará visível das 11h45 às 22h20, portanto, não acessível no exato momento da conjunção, quando ambos estarão abaixo da linha do horizonte – de qualquer forma, eles podem ser vistos bem próximos ao longo de todo o tempo de exposição.
Ao mesmo tempo, ocorre o chamado appulse, termo que se refere à separação mínima aparente entre dois corpos no céu, de acordo com o guia de astronomia Starwalk Space.
O que diferencia as duas expressões é que, embora o termo “conjunção” também seja utilizado popularmente para representar uma aproximação aparente entre dois astros, tecnicamente, a conjunção astronômica só ocorre no momento em que os dois objetos compartilham a mesma ascensão reta (coordenada astronômica equivalente à longitude terrestre).
A Lua estará em magnitude de -11.4, enquanto Marte terá uma taxa de 1.3, ambos na constelação de Gêmeos. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o objeto mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.
O par não estará próximo o bastante para caber dentro do campo de visão de um telescópio, mas será visível a olho nu ou com um par de binóculos.
Marte é o quarto planeta mais próximo do Sol e talvez um dos mais destacados do céu noturno, devido à sua famosa tonalidade vermelha. A cor se deve à presença de minerais ricos em óxido de ferro na poeira que cobre sua superfície.
A Lua, por sua vez, está no fim de seu “passeio” pelos planetas. Antes de Marte, ela visitou Saturno (16), Mercúrio (21) e Vênus (23). Essa série de conjunções ocorre porque a Lua orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.