Campo Mourão conta com uma centena de pequenas, médias e grandes indústrias, muitas delas despercebidas pela maioria da população. Além da gigante Beontag (antiga Colacril), com fábricas na Itália, Finlândia, França e no Conjunto Cohapar, médias indústrias de equipamentos de agricultura de precisão, que nasceram e se desenvolveram em terras mourãoenses, detêm mais da metade do mercado nacional. No setor de equipamentos eletromédicos, Campo Mourão é a que mais gera empregos no Paraná.
O Programa Municipal de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão (Pró-Campo) tem colaborado para esses resultados no setor industrial. Criado há 28 anos, o programa prevê uma série de instrumentos de incentivo e ações voltadas ao setor da indústria, comércio, tecnológico e serviços, priorizando a geração de empregos, renda e o aumento da arrecadação tributária.
De 2017 até agora, o programa vem obtendo resultados muito importantes para o desenvolvimento econômico da cidade. São 34 empresas que passaram ou estão passando pelo programa. As 22 que obtiveram regularizações ou concessões, garantiram R$ 24,2 milhões em investimentos na cidade, em lojas de materiais, engenheiros, arquitetos e outros profissionais.
“Além de toda essa cadeia produtiva, tem a geração de empregos, que mesmo com os avanços da automação e tecnologia, são 299 postos de trabalho diretos declarados pelas empresas”, observa o secretário municipal de Inovação e Desenvolvimento Econômico, Eduardo Akira Azuma. Uma das empresas que participaram das licitações de terrenos para ampliar a produção, atualmente fatura R$ 80 milhões, exporta para três países e gera 135 empregos diretos.
Para a secretário esse tipo de apoio aos pequenos empreendedores é estratégico para a cidade. “Além de fazer as empresas locais crescerem e criar outras alternativas econômicas, as vagas de emprego não ficam vinculadas a uma só empresa ou segmento”, analisa.
Outra empresa na área de montagem de circuitos eletrônicos começou com apenas dois sócios. Com o apoio do programa, investiu na construção de sede própria de 800 metros quadrados e gera mais de 30 empregos diretos. “O programa foi importante porque permitiu abrir novas frentes de mercado e trouxe segurança para investir em novos produtos e novas tecnologias”, confirma Juliano Conforto, um dos sócios fundadores.
O papel dos conselhos municipais em todo o processo também merece destaque. No caso do Pró-Campo, o Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico traz a participação da sociedade civil através de representantes das principais instituições da cidade, como ACICAM, Conselho Regional de corretores de Imóveis, Conselho Regional de Economia, FIEP, Sindicato dos contabilistas e universidades.