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Robô “advogado” vai defender seu 1º réu, em segredo, em tribunal dos EUA

De forma inédita, um réu receberá assistência de uma Inteligência Artificial (IA), apelidada de robô “advogado”, enquanto é julgado em um tribunal nos Estados Unidos. Curioso é que a troca de informações em tempo real entre a IA e o cliente será feita em segredo, através de um celular com a captação de áudio ligada, fones de ouvido com Bluetooth e conexão com a internet. Isso porque, em algumas cidades, o tipo de auxílio é proibido.

O robô “advogado” foi desenvolvido pela empresa norte-americana DoNotPay. Fora dos tribunais, já é adotado para automatizar pedidos de reembolso e contestações de cobranças injustas, como multas de trânsito. Tudo sem a necessidade de contratar um advogado e nem pagar pelos honorários — o que tem despertado críticas por parte dos profissionais, segundo o CEO da empresa, Joshua Browder.

A ferramenta em testes que pode provocar um verdadeiro rebuliço na área jurídica vai na mesma direção de outras tecnologias em ascensão, como o ChatGPT, da OpenAI. Este é um modelo de IA criado para conversar com as pessoas de modo natural, através de perguntas e respostas. Se forem parecidos, há grandes chances de uma vitória por parte do novo robô.

Quando será o primeiro julgamento a ter um robô “advogado”?

Embora a empresa não divulgue em qual cidade o julgamento irá ocorrer e nem o nome do réu, o CEO Browder adianta que o feito histórico deve ocorrer no próximo mês. “No dia 22 de fevereiro, às 13h30, a história será feita”, afirma em suas redes sociais.

“Pela primeira vez, um robô representará alguém em um tribunal dos Estados Unidos. A IA da DoNotPay vai sussurrar no ouvido de alguém exatamente o que dizer”, acrescenta Browder. “Divulgaremos os resultados e compartilharemos mais detalhes depois”, explica. Para finalizar, o CEO ainda pode que os usuários do Twitter desejem sorte para a empreitada.

Caso tudo dê errado e o réu perca a ação, Browder já avisou que a empresa irá cobrir todos os custos da multa e do processo. Basicamente, a pessoa não será penalizada.

Via: CanalTech (com CBS)

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