[the_ad_group id="3495"]

No PR, preso o caminhoneiro que, sob efeito de drogas e álcool, bateu em mais de 50 veículos

Motorista confessou que usou o rebite junto com álcool e cocaína. Bateu tantas vezes na estrada, que absolutamente toda a carga que ele transportava no baú foi despejada no caminho.

Está identificado o caminhoneiro que saiu dirigindo desgovernado e atingiu quase 50 veículos na rodovia entre Ponta Grossa e Curitiba, no Paraná, na manhã deste sábado (8). Nilson Pedro dos Santos, 35 anos, foi preso em flagrante com embriaguez constatada e sinais de surto psicótico.

Ele teria consumido grande quantidade de entorpecentes antes de pegar ao volante. A polícia já localizou duas pessoas feridas, internadas em hospitais de Curitiba, resultado dos múltiplos acidentes causados pelo caminhoneiro.

Conforme apuração dos repórteres Lúcio André e Marc Sousa, da RICtv, Nilson confessou na delegacia que estava há três dias sem dormir. Tinha vindo de Embu das Artes (SP) a Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, com a carga de engradados de cerveja vazios, e voltaria com elas para Embu.

Ainda com falas desconexas, ele disse em interrogatório à delegada Vanessa Alice, da Delegacia de Delitos de Trânsito de Curitiba (Dedetran), que chegou a Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, por volta das 22h de sexta-feira (13). Consumiu duas garrafas de cerveja e rebite, que é uma mistura usada por motoristas para se manterem acordados.

No entanto, Nilson disse que usou o rebite junto com álcool e cocaína. Ainda teria dito aos policiais militares, logo que foi preso, conforme o repórter Lúcio André, que consumiu cocaína cinco vezes antes de voltar ao volante.

Por volta das 4h ou 5h da manhã, logo que Nilson saiu com o caminhão de Ponta Grossa, disse que foi alertado por outro motorista que havia dois homens em cima da carreta dele. Acreditando que seria um assalto, Nilson disse à delegada Vanessa Alice que saiu fazendo manobras, na tentativa de derrubar os supostos assaltantes da carreta.

Na estrada, Nilson atingiu pelo menos 35 veículos na estrada e outros 12 dentro de Curitiba. Ele dirigia uma carreta com placas de Mandaguaçu. Bateu tantas vezes na estrada e em Curitiba, que absolutamente toda a carga que ele transportava no baú foi despejada no caminho.

Falas desconexas

Além do uso de drogas, o teste com o etilômetro, feito pela Polícia Militar, constatou o consumo de bebida alcóolica, com 0,14 miligramas de álcool por litro de ar expelido. Nilson alegou que, já dentro de Curitiba, quando viu uma viatura da PM, no bairro CIC, parou para pedir ajuda para se librar dos supostos ladrões.

Mas os policiais disseram à delegada que, quando encontraram o caminhão, ele já estava parado na esquina das Ruas Cid Campelo e Bernardo Meyer. Os policiais ainda relatam que, desde este primeiro contato, Nilson falava de forma desconexa.

A delegada pediu uma perícia no local onde o caminhão estava parado, além da perícia no próprio veículo, para averiguar se o caminhão estava sem freio ou tinha alguma pane mecânica.

O caminhoneiro ainda foi indagado pela delegada, se ele não viu que estava batendo em outros veículos no trajeto, que chegou a passar por cima de um carro e que um motociclista, por muito pouco, não parou embaixo do rodado do veículo.

O motorista alegou que como a cabine do caminhão é alta, não tinha como avistar. E que só ouvia os barulhos, mas que não tinha como saber do que se tratavam os sons.

Problemas psicológicos

Familiares contaram à reportagem que Nilson apresenta problemas psicológicos há quatro anos, porém não faz nenhum tratamento. A delegada disse que pediu exames toxicológicos e de sangue para o motorista, além de avaliação psiquiátrica junto ao Instituto Médico-Legal.

O motorista foi autuado por tentativa de homicídio com dolo eventual, direção perigosa, dirigir sob efeito de entorpecente e por omissão de socorro. Para estes crimes, disse Vanessa Alice, não cabe fiança, em função da somatória das penas.

Nilson já tem antecedentes criminais por homicídio, roubo e desacato. Com réu preso, a polícia tem 10 dias para conclusão deste inquérito.

Via: RIC Mais

Sair da versão mobile