A chuva de meteoros Geminídeas, ou Gemínidas, teve início no dia 4 de novembro e se estenderá até sábado (17), mas o melhor momento para observar as “estrelas cadentes” será na noite de quarta-feira, dia 15 de dezembro. Os observadores mais dispostos a se abster do sono ainda poderão apreciar o evento durante a madrugada de quinta-feira.
Alguns meteoros isolados podem começam a surgir a partir das 22h30, mas neste horário o radiante ainda estará muito próximo do horizonte. O radiante é o ponto de onde os meteoros parecem vir e sempre será próximo à constelação que empresta o nome à chuva — neste caso, a constelação de Gêmeos.
Contudo, os meteoros não necessariamente aparecerão apenas perto da constelação; por isso, é sempre bom ficar de olho em uma região mais ampla do céu durante a observação.
Outros objetos tornarão a chuva de meteoros ainda mais interessante. Por exemplo, Marte estará à esquerda acompanhando Gêmeos, enquanto a Lua minguante gibosa estará à direita. Entretanto, pode ser que o brilho lunar ofusque os meteoros naquela região. A expectativa é que possamos ver cerca de 30 a 40 meteoros por hora.
Como é a chuva de meteoros Geminídeas
Tais características por si já jazem o espetáculo valer a pena, mas os amantes de astronomia ainda poderão contemplar a riquíssima região de Orion bem ao lado do radiante dessa chuva. Para astrofotógrafos, vale a pena tentar registrar imagens dos meteoros passando pela nebulosa de Orion, as Plêiades, e outros objetos celestes icônicos.
As geminídeas podem ser vistas por quase todo o mundo, mas, infelizmente, privilegiam mais os observadores no hemisfério Norte. Quanto mais ao Sul estivermos, mais o radiante estará perto do horizonte — e o horizonte é um dos maiores inimigos da observação astronômica, pois, quanto mais acima o objeto, melhor.
Os meteoros da Geminídeas viajam em velocidade de até 35 km/s, o que parece algo estupendo para os padrões humanos, mas outras chuvas podem atingir a velocidade de 71 km/s. Por serem mais lentos, os geminídeos deixam “riscos” no céu mais lentos e duradouros.
De onde vêm os meteoros Geminídeas?
Geralmente, as chuvas de meteoros são formadas por “sujeira” de cometas, mas este não é o caso da Geminídeas — ela surge de pequenas rochas e destroços largados pelo asteroide 3200 Faetonte.
Quando nosso planeta cruza a órbita desse objeto, acaba atravessando o caminho dessa nuvem de detritos, fazendo com que vários grãos atravessem nossa atmosfera e queimem devido ao atrito. A trilha de destroços do asteroide segue a mesma órbita da sua rocha “mãe”, porém eles são mais lentos, ficando para trás.
Astrônomos suspeitam que o 3200 Faetonte pode ter sido um cometa no passado que perdeu seu material volátil congelado. Sem este gelo, os cometas não apresentam caudas e coma quando se aproximam do Sol.
Como observar a chuva de meteoros Geminídeas?
Para melhor experiência, o ideal é procurar algum lugar de pouca poluição luminosa e esperar algum horário em que o radiante não esteja muito perto do horizonte. Também certifique-se que o céu esteja livre de nuvens.
Não é preciso olhar fixamente para o radiante, pois este é apenas o ponto de referência. As “estrelas cadentes” poderão aparecer em outras partes do céu, com preferência ao norte, onde estará a constelação de gêmeos.
Fonte: CanalTech