Um estudo liderado por um brasileiro fez uma nova versão do crânio de um dos santo mais famosos do Brasil, Santo Antônio
Um grupo de pesquisadores internacionais reconstruiu o rosto do Santo Antônio de Pádua e pode mostrar como parecia o rosto do padre português. A reconstrução do santo que viveu no século 13 foi feita a partir de uma tomografia computadorizada do crânio e foi publicada em dezembro deste ano. Essa não é a primeira vez que uma reconstrução do frade franciscano foi feita, entretanto o trabalho é uma atualização do que já havia sido realizado.
Santo Antônio de Pádua, nasceu no ano de 1195 em Lisboa, Portugal. Ele se tornou padre e depois de algum tempo entrou para a ordem dos franciscanos. Depois de algum tempo acabou indo parar na Itália, onde morreu em 1931, aos 36 anos na cidade de Pádua. Um ano depois ele foi canonizado e hoje é um dos santos mais adorados no Brasil.
Reconstruções do rosto de Santo Antônio
A imagem reconstruída mostra um homem com uma coroa de cabelos castanhos ralos vestindo uma túnica marrom como os frades da ordem que pertencia. 1981 foi a primeira vez que reconstruíram o rosto do santo casamenteiro. A réplica foi feita pelo escultor italiano Roberto Cremisini. Ele recriou a face de Santo Antônio a partir do crânio exumado.
Trinta e três anos depois, um grupo de pesquisadores do Museu de Antropologia da Universidade de Santo Antônio de Pádua, fizeram outra reconstrução a partir de uma cópia digital do crânio exumado. A nova reconstrução é liderada pelo brasileiro Cícero Moraes, que também esteve envolvido na reconstrução de 2014.
“O trabalho de hoje é uma atualização da técnica e mostra uma clara evolução da face de 2014. A presente aproximação melhorou muito a coerência anatômica… e é mais compatível com uma face real”
Explica Cícero Moraes, em resposta a Livescience
Os pesquisadores também construíram o endocrânio, base interna do crânio, e revelaram que ele era muito grande quando comparado com a média dos humanos. Ou seja, o padre era um cabeçudo. “O fato é que esse volume é grande mesmo se comparado aos indivíduos modernos”, explica Moraes.
Fonte: Olhar Digital