Participantes vão degustar o prato típico da cidade anfitriã
No encerramento dos 28º Jogos dos Contabilistas do Paraná (Jocopar), logo após a solenidade de entrega da premiação, as delegações participantes da competição serão recepcionadas com um almoço onde será servido o prato típico de Campo Mourão: Carneiro no Buraco. A programação será realizada no dia 14 de novembro (segunda-feira, véspera do feriado da Proclamação da República), a partir do meio-dia.
O evento de encerramento vai acontecer nas dependências do Parque de Exposição “Getúlio Ferrari” (na saída para Maringá) e a iguaria do Município será preparada pela equipe responsável pela cozinha única na Festa Nacional do Carneiro no Buraco. Segundo os organizadores, a estimativa é que o almoço reúna em torno de 500 pessoas e deverão ser preparados oito tachos de Carneiro no Buraco.
Campo Mourão vai sediar a 28ª edição do Jocopar a partir desta sexta-feira (11/11). Está confirmada a participação de 16 entidades regionais que congregam os contabilistas no Paraná (sindicatos e associação). A competição é uma realização da Federação dos Contabilistas do Paraná (Fecopar) e a organização do Jocopar/2022 está a cargo do Sindicato dos Contabilistas de Campo Mourão e Região (SinConCam), que é presidido por Idnei Hundsdorfer.
Neste ano, a competição tem o patrocínio da cooperativa de crédito Cresol e das empresas SAFEWEB e A.J. Rorato (de Araruna), além da Associação Comercial e Industrial de Campo Mourão (Acicam). Também tem o apoio de cerca de 10 escritórios de contabilidade de Campo Mourão.
Carneiro no Buraco
O prato típico de Campo Mourão – o Carneiro no Buraco – tem suas origens marcadas por lendas e a iguaria chama a atenção não apenas pelo sabor apurado, mas também pela multiplicidade de ingredientes e condimentos utilizados e a forma como é preparado.
A iguaria foi criada por três pioneiros da cidade, no início da década de 1960, depois de assistirem a um filme em que vaqueiros preparavam alimentos sobre brasas, dentro de um buraco cavado no chão. Ênio Queiroz, Joaquim Teodoro de Oliveira e Saul Ferreira Caldas, todos já falecidos, foram os pioneiros no desenvolvimento do prato típico. Cozinhar alimentos em buracos, envoltos em folhas de bananeira, teve origem quando os jesuítas chegaram ao Brasil e tinha o objetivo de evitar a ocorrência de incêndio nas florestas.
No início, a exótica comida era servida esporadicamente em Campo Mourão, apenas em festas de amigos. Na década de 1980 passou a ser servida também quando autoridades visitavam o município. Um movimento encabeçado pela confraria da Boca Maldita local levou a oficialização da iguaria como prato típico em 1990 e a primeira Festa do Carneiro no Buraco foi realizada já no ano seguinte.
Da primeira receita utilizada à atual, foram realizadas muitas experiências e adaptações para aprimorar a iguaria. O fotógrafo e artista plástico, Tony Nishimura (in memoriam), apaixonado pelas lides culinárias, foi um dos que mais contribuiu com o aperfeiçoamento do prato e que introduziu a cozinha única na Festa Nacional do Carneiro no Buraco, onde chegaram a ser servidos mais de 180 tachos preparados pela Associação Panela.
A comida típica de Campo Mourão é cozida em buracos com 1,8 metro de profundidade, em tachos de ferro, durante seis horas. Antes são queimados dois metros cúbicos de lenha, ao longo de quatro horas, no buraco. Depois de colocado o tacho, com a utilização de ganchos, o buraco é fechado com tampas metálicas e vedado com terra.
A receita inclui carne de carneiro cortado em pedaços pequenos, tomate, cenoura, cebola, pimentão, batata doce, vagem, batata salsa, maçã, chuchu, abobrinha e banana nanica.
A logomarca do Jocopar/2022 tem o “carneirinho” estilizado de Campo Mourão, em referência ao prato típico do Município.