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Advogado suspeito de matar ex-mulher a tiros na frente dos filhos em escola se entrega [VÍDEO]

Homem preferiu não falar nada aos policiais. Família da vítima agora vai lutar pela guarda das crianças, conforme advogado

Se apresentou à Polícia Civil, nesta quinta-feira (3), o advogado e ex-policial civil Jaminus Quedaros de Aquino, de 59 anos. O homem é o único suspeito de matar a ex-mulher Suellen Helena Rodrigues, de 29, enquanto ela esperava para deixar os filhos na escola, no começo da tarde desta segunda-feira (31), no bairro Uberaba, em Curitiba. O crime foi registrado por câmeras de segurança.

Ao se apresentar, Jaminus optou por não falar nada aos policiais. Ele deve ser conduzido ao Complexo Médico-Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), onde ficará preso. 

Antes do crime, Jaminus, que é policial civil aposentado, já estava foragido. Segundo a polícia, ele descumpriu a medida protetiva que Suellen tinha e, portanto, não poderia sequer estar armado. Seis dias antes do crime, um mandado de prisão preventiva contra o homem já tinha sido expedido.

Segundo a delegada Vanessa Alice, da Delegacia da Mulher, o homem – que já tinha contra si dois mandados de prisão expedidos e era procurado pela Polícia Civil – se apresentou próximo da hora do almoço e não quis falar nada ao ser ouvido.

“Não disse nada, usou do direito constitucional de se manter em silêncio, dizendo que vai responder às questões apenas em juízo”.

disse a delegada Vanessa Alice

Jaminus vai responder por feminicídio, que é homicídio qualificado. A delegada falou da forma brutal que o crime foi praticado.

“Na frente das crianças, de forma bem bárbara. Geralmente as crianças são poupadas disso, porque causa um trauma para o resto da vida”.

disse a delegada Vanessa Alice
Foto: Reprodução/Redes Sociais.

‘Alívio para a família’

Para a família de Suellen, Jaminus estar preso significa tranquilidade. Isso porque, conforme o advogado Jackson William Bahls Rodrigues, que representa os familiares da vítima, todos estavam aterrorizados e com medo do que o homem poderia fazer.

“Ele ameaçava não só a Suellen, mas também toda a família dela, inclusive no momento chegou até a bater com o carro dele no carro da irmã. O velório foi abreviado, porque até a polícia não recomendava que ficassem durante a madrugada, porque ele poderia ir até lá e matar a todos”. 

Segundo o advogado, a prisão de Jaminus não traz Suellen de volta, mas garante que nenhum outro familiar, até mesmo as crianças, continuem íntegros.

“Nada apagará o trauma que as duas crianças sofreram, nem 100 anos de terapia. Eles estão hoje com a família dela, e vamos lutar para que permaneçam lá com a guarda das crianças. Seria o mesmo que entregar o galinheiro para que a raposa cuide”. 

Foto: Reprodução/Redes Sociais.

Sobre Jaminus ter ficado em silêncio ao ser ouvido, o advogado disse que não esperava diferente. 

“Optou por permanecer em silêncio, é um direito dele. Mas nós da acusação entendemos que ele vai negar as acusações, vai dizer que estava em Prudentópolis e vai negar o crime, mas temos certeza que a sociedade curitibana não vai dar a ele a prerrogativa de permanecer livre do crime que cometeu”.

O que diz a defesa?

Em nota, o advogado Tainan Felix Laskos, que representa Jaminus, informou que, para que o homem se entregasse, houve um acordo para garantir os direitos do acusado de ser colocado em local adequado. “Lembrando que Jaminus é ex-policial e, diferente do veiculado pela mídia, ele não foi expulso da polícia civil, e é advogado atuante na área criminal”. 

Após as tratativas com a Polícia Civil, Jaminus se entregou. A defesa informou que ele ficou em silêncio por orientação recebida. “Pois no momento é prematuro levantar qualquer tese defensiva”. 

Segundo o advogado, o crime ainda é analisado pela defesa, “com o respeito e cautela que se faz necessário”. Jaminus, conforme a defesa, não esteve em Cascavel, também não esteve com o neto e “não ficou rondando e vagando como algumas pessoas levantaram que poderia estar ocorrendo”.

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Fonte: Banda B

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