Os primeiros quíntuplos do Paraná fazem aniversário nesta sexta-feira (2) e comemoram 3 anos de vida ao lado dos pais Aniele Kurtel, 29 anos, e Luiz Fernando Araújo, 36 anos, e do irmão mais velho Davi Luca, de 9 anos. A família é de Chopinzinho, cidade no Sudoeste do Paraná, e a história deles ficou conhecida desde a gravidez de Aniele, em 2019. Em um papo com a Tribuna, a mãe contou que os desafios de criar os gêmeos Luís Henrique, Jhordan, Tiago, Laura e Antonella continua. A Tribuna do Paraná acompanhou a história antes mesmo do nascimento dos quíntuplos, em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, e até ajudou em uma campanha de doação de fraldas. Por não ter na cidade natal uma estrutura de atendimento, os pais procuraram um hospital maior para ter os bebês.
A festa de aniversário será para 30 familiares e amigos próximos, em um espaço de eventos na cidade de Francisco Beltrão, a cerca de uma hora de viagem. “Já é a segunda vez que fazemos lá. A dona é uma de nossas parceiras de negócios”, conta a Aniele, se referindo a uma das empresas parceiras do casal no Instagram. Na internet, o trabalho da mãe como influenciadora digital se tornou a fonte de renda da família, que tem no Instagram mais de 1 milhão de seguidores. As postagens da rotina com os filhos começou com o nascimentos dos quíntuplos e vem bombando desde então. O sucesso aumentou ainda mais na pandemia de coronavírus, quando as pessoas ficavam mais tempo on-line em casa. O casal também tem contas no TikTok e Youtube.
“Graças a Deus, após aquele apoio financeiro inicial que tivemos com a vaquinha on-line, a gente conseguiu se organizar. O Luís saiu da empresa em que trabalhou por anos, mas o trabalho de influencer foi crescendo e hoje estamos os dois tocando o negócio. Ele cuida da organização da burocracia, como notas fiscais e outras coisas. Não parece, mas ganhar a vida com as redes sociais tem tudo isso. Então, estamos nos virando”, agradece a Aniele. Como influenciadora, algumas vezes a mãe precisa viajar a trabalho, inclusive para outros estados, como São Paulo e Rio de Janeiro.
Como estão os quíntuplos?
Os primeiros quíntuplos do Paraná são fruto de concepção natural e, por nascerem prematuros, ficaram 86 dias internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Rocio, para ganhar peso e aumentar a imunidade. No retorno para casa, foi realizada uma força-tarefa para levar as crianças com segurança em uma van fornecida pela prefeitura de Chopinzinho. No veículo, uma equipe médica pediátrica acompanhou a viagem de quase 400 km.
“A médica que nos acompanhou está conosco até hoje”, conta a Aniele. Desde a primeira vez que Tribuna contou como era a rotina da casa, pouca coisa mudou no sentido de tudo começar cedo e sempre se multiplicar por cinco. A casa segue tendo uma rotina que a mãe costuma chamar de “organização de creche”. Mas, ela contou que o diagnóstico de autismo do Jhordan e Tiago e a fragilidade pulmonar da Antonella requerem cuidados. “Até tentamos começar a mandá-los pra escolinha. Só que eles ainda são crianças da pandemia, que não tiveram muito contato com anticorpos. Vamos aguardar um outro momento. Só quem vai para a escola, por enquanto, é o Davi”, diz.
Todos os cinco ainda tomam mamadeira, mas, aos 3 anos, já brincam bastante sozinhos e com os três cachorros da família. “Ainda isso”, brinca a mãe. Mas ela ressalta que a companhia dos pets é muito importante para o desenvolvimento de toda a turminha.
O casal também se dá super bem, diz a Aniele. “O Luiz é muito companheiro. Divide as tarefas, trabalha comigo. É um grande pai. O ensinei a cozinhar e ele faz comida e até bolo”, revela ela.
“Meu filho Davi também é maravilhoso. Desde que os pequenos nasceram, ele ajuda a cuidar, nunca demonstrou ser ciumento conosco. Um anjo. O que ele tinha, aliás, era um ciúme dos irmãos dele. Quando vinha alguém pegar, ele pedia todo o cuidado. Eu sou muito orgulhosa dele”, destaca Aniele.
No começo da chegada dos filhos na cidade, as avós se revezaram na casa até para dar aquele apoio familiar. Mas na atual rotina, quem fica em casa mesmo são o pai e a mãe. “Os familiares do Luiz moram em outras cidades. Quando precisa, para alguma viagem que eu tenha que fazer, minha sogra nos auxilia. Vem de onde estiver. Minha mãe também ajuda, mas ela tem a vida dela para cuidar também, então nos abusamos dos pedidos. Somos nós mesmos que nos viramos, com a força de Deus”, conta a Aniele.
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Retorno a Campo Largo
A Aniele contou que, em breve, deve voltar a Campo Largo, onde os pequenos nasceram, para visitar com eles a Igreja Matriz, no Centro. “Foi lá, durante o período de UTI, que fiz uma promessa a Deus para que Ele pudesse cuidar dos meus filhos. Pra eu poder levar os cinco para casa. Prometi que depois de dois anos retornaria”, disse a Aniele.
A família também pretende visitar os profissionais do Hospital do Rocio, por quem eles têm o maior carinho. “Tenho contato até hoje. Não tenho palavras para agradecer por tudo de bom que nos aconteceu”, finaliza a mãe.