A Justiça de São Paulo determinou que o Bradesco ressarça um cliente que perdeu R$ 26,7 mil durante um sequestro-relâmpago
A Justiça de São Paulo determinou que o Bradesco ressarça um cliente que perdeu R$ 26,7 mil durante um sequestro-relâmpago, quando foi obrigado a transferir quantias via Pix, no chamado “sequestro do Pix”. O banco também deverá indenizar a vítima em R$ 5 mil.
Sequestro do Pix
No início de maio de 2021, na cidade de São Paulo, um empresário, que ainda não possuía chave Pix, foi forçado por criminosos armados a fazer transferência instantânea para diferentes contas por meio do aplicativo Bradesco. Também foi coagido a usar seu cartão em uma maquininha usada pelos bandidos.
Dessa forma, as transferências totalizaram R$ 35,3 mil. Assim, com o Boletim de Ocorrência em mãos, o empresário foi até uma agência do Bradesco e solicitou a devolução dos valores, porém, somente R$ 8,6 mil foram devolvidos à conta da vítima dois dias depois. Por isso, o empresário entrou com uma ação na justiça.
Decisão
O juiz Renato Siqueira Pretto condenou em primeira instância o Bradesco a ressarcir o cliente do prejuízo e pagar R$ 5 mil por danos morais. Contudo, o banco recorreu da decisão, com o argumento de que não houve falha na prestação do serviço, pois o crime ocorreu fora das dependências de suas agências bancárias.
Entretanto, a sentença foi mantida pelo Tribunal de Justiça. Pois, para o relator da ação, desembargador Jairo Brazil, o banco tem a responsabilidade de averiguar a regularidade das transações e bloquear as que forem suspeitas.
“As transações impugnadas foram realizadas em sequência, em curto intervalo de tempo e em valores consideráveis. (…) O sistema de detecção de fraudes do réu, se eficiente fosse, deveria ter sido acionado e impedido a efetivação das transações contestadas, já que não se tratou de uma única operação isolada, mas sim de várias transações realizadas em sequência e com valores consideráveis”, escreveu o magistrado.
O que diz o Bradesco
O Bradesco informou que não comenta casos que tramitam na Justiça.
Via: Seu Crédito Digital