O presidente russo, Vladimir Putin, perdeu a sua primeira mulher coronel na guerra da Ucrânia, iniciada no fim de fevereiro.
O líder de Moscou concedeu a honra póstuma de Herói da Rússia, o maior prêmio do Kremlin, a Olga “Kursa” Kachura, que tinha 52 anos, morta em um ataque com foguete contra o carro em que estava, na cidade de Horlivka, Donetsk.
Ela é o 97º coronel conhecido a ser morto na guerra de Putin na Ucrânia. A imprensa ocidental a chama de “Senhora Morte”. Olga chegou a declarar que “gostava de matar ucranianos”, contou o “Daily Mail”.
Ela era uma coronel nas forças separatistas da República Popular de Donetsk, onde comandou uma divisão de artilharia de foguetes mobilizada contra a Ucrânia. Suas forças são acusadas de atirar contra civis na região de Donbas.
O presidente russo disse que a condecorou “pela coragem e pelo heroísmo demonstrados no cumprimento do dever militar”.
De acordo com relatos locais, ela foi morta instantaneamente quando um ataque ucraniano atingiu o seu carro.
Em 2014, quando a Rússia invadiu a Crimeia, Olga, de origem russa, deserdou e se juntou ao Exército de Moscou depois que Putin fomentara uma rebelião em Donbas. No ano seguinte, ela chegou ao posto de coronel. Ela costumava se disfarçar como membro das forças regulares ucranianas para cometer crimes de guerra, de acordo com as Forças Armadas da Ucrânia.
“Olga Kachura foi culpada pelo bombardeio de cidades de Donbas e pela morte de civis”, disse o jornalista ucraniano Denis Kazanskyi. “Na Ucrânia, ela foi condenada a 12 anos de prisão à revelia”, acrescentou ele. Olga, que tinha dois filhos, também teve todas as suas propriedades confiscadas.