O acúmulo da chamada gordura visceral pode acarretar em problemas cardiovasculares, hipertensão, colesterol alto e outros
Diminuir a quantidade de gordura na barriga é um dos principais objetivos estéticos das pessoas que recorrem aos exercícios físicos. No entanto, além da imagem no espelho, o acúmulo de tecido adiposo nessa região também está relacionado à saúde, e pode aumentar o risco de problemas como derrame, diabetes e complicações no fígado.
O nutricionista Bruno Rua explica que dois tipos de gordura podem ficar aglomerados na região abdominal. Um é o subcutâneo, localizado abaixo da pele. O outro, chamado de gordura visceral, envolve os órgãos e pode causar problemas graves para o paciente.
“Alimentação inadequada, com uma quantidade exagerada de gorduras e carboidratos, a falta de atividade física regular, elevados níveis de estresse, sono desregulado e o consumo excessivo de bebidas alcóolicas são alguns dos itens que, somados, podem causar a gordura visceral”, conta o nutricionista.
Ainda de acordo com o especialista, o acúmulo desse tipo de específico de gordura pode ser muito nocivo à saúde e causar diversas doenças, como diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares, hipertensão, colesterol alto, problemas intestinais, esteatose hepática e insuficiência hepática.
Porém, é possível reverter a situação e eliminar parte dessa gordura perigosa com algumas mudanças pontuais na rotina. Rua listou sete dicas para diminuir a circunferência abdominal e, de quebra, ser mais saudável.
Confira sete dicas para diminuir a gordura na barriga:
1 – Dieta de restrição calórica
“É muito importante que a pessoa tenha um regime restritivo adequado para a sua realidade. Não podemos passar uma dieta de atleta para um indivíduo que tenha hábitos comuns. É fundamental que a alimentação seja compatível para que a pessoa possa mantê-la sem desistir e obter os resultados desejados”, explica Rua.
2- Consumo de fibras e proteínas
“Fazer esse cálculo é muito importante, pois o resultado da conta age diretamente na sensação de saciedade daquele paciente. Não sentir fome é fundamental para que o indivíduo diminua o consumo de besteiras e se mantenha na dieta. Além disso, a fibra é fundamental para auxiliar no bom funcionamento do intestino, diminuindo o inchaço no local”, afirma o nutricionista.
3 – Redução no consumo de álcool
“Fazer o consumo controlado de álcool é indicado, já que o exagero na ingestão é um dos fatores causadores do acúmulo de gordura visceral. Durante a pandemia, notei que o consumo aumentou significativamente entre os pacientes, e beber demais faz com que o indivíduo se desequilibre nos outros itens”, destaca Rua.
4 – Controle de estresse
“O controle do estresse é outro ponto de muita importância neste processo. O indivíduo estressado acaba comendo mais, não seguindo a dieta, e também pode ter dificuldade para dormir. Aqui, cabe a cada pessoa descobrir o que a faz relaxar. Todas as atividades que ajudarem o paciente a manter o controle sobre o estresse, como caminhadas, meditação, atividades esportivas ou leituras, são válidas”, comenta o nutricionista.
5 – Sono de qualidade
“Um sono de qualidade age de forma semelhante à questão do estresse. Uma pessoa mais cansada e mais estressada tende a comer alimentos que não são benéficos, estimulando a cadeia de ações que aumentam a gordura visceral”, explica.
6 – Atividade física
“Buscar o mínimo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 150 minutos de atividades físicas semanais, é o ideal para que o indivíduo não seja considerado sedentário. É importante lembrar que os benefícios de se praticar uma atividade física se refletem em outros itens que citamos, como a qualidade do sono e o controle do estresse, além de ser uma maneira eficaz de redução da gordura visceral”, pontua o nutricionista.
7 – Hidratação adequada
“Manter a hidratação é outro ponto de suma importância neste processo. Para saber a quantidade mínima que a pessoa precisa beber de água diariamente, o paciente deve multiplicar o peso por 35: o resultado será a quantidade em mililitros que ele deve consumir por dia”, completou.
Via: Metrópoles