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10 bons vinhos portugueses por até 10 euros

São 14 regiões vinícolas demarcadas em todo o país, que produzem rótulos de excelência com ótimo custo-benefício; confira nossa seleção

Sinônimo de excelência quando falamos em produção de vinhos, Portugal é um território pequeno que, de norte a sul e de leste a oeste, carrega uma intensa tradição vitivinícola.

São 14 as regiões vinícolas demarcadas ao todo, cada uma com suas características peculiares que nos causam um deleite nos olhos e no paladar.

Vale lembrar que a mais antiga região vitícola regulamentada do mundo é o Douro, decretada pelo Marquês de Pombal nos idos de 1756. No Vale do Douro, os vinhedos se espalham pelas encostas margeadas pelo rio, locais de onde saem uvas para esplêndidos vinhos, incluindo o emblemático Vinho do Porto.

Também muito tradicional com seus vinhos de qualidade é o Dão, a primeira região demarcada de produção de vinhos não licorosos de Portugal, título atribuído em 1908.

Durante as filmagens da quarta temporada do CNN Viagem & Gastronomia, rodamos essas e outras áreas famosas por seu legado vinífero. Sejam tintos, brancos, espumantes, licorosos, e tantos outros, fica nítido o zelo na produção e na qualidade.

Assim, as regiões e os vinhos do país também são demarcados segundo a origem e são controlados para que os métodos e a autenticidade sejam preservados.

Rótulos acessíveis

Com tantos atributos, engana-se quem pensa que temos que desembolsar uma fortuna para degustar bons rótulos. A boa notícia é que, em uma viagem a Portugal, conseguimos achar excelentes vinhos por menos de 10 euros.

Em minhas andanças por Lisboa, além de visitar pontos clássicos da capital, descobrir pontos descolados que unem arte, lojas e gastronomia e também rodar a cidade atrás dos melhores sabores portugueses, entre casas estreladas e botequins, também pude experimentar uma gama de vinhos do país europeu.

Durante a estadia na capital, fui conferir o Time Out Market, moderninho e ótimo destino gastronômico. O espaço, que fica no Cais do Sodré, é um verdadeiro mercado que reúne 26 restaurantes, oito bares e mais de 10 espaços comerciais.

Aqui encontramos diversos rótulos por até 10 euros na Garrafeira Nacional, loja de vinhos que tem uma história que remete a 1927 e possui referências de todas as regiões do país, incluindo históricos vinhos do Porto – há três lojas em Lisboa e ainda e-commerce. 

Para demonstrar que certos vinhos portugueses possuem um ótimo custo-benefício, recomendo a seguir 10 excepcionais rótulos:

Quinta do Côtto Tinto

Produzido na freguesia de Cidadelhe, na vila de Mesão Frio, na região do Douro, o vinho faz parte da produtora Montez Champalimaud, que ainda está por trás dos vinhos da quinta de Paço de Teixeiró.

O Quinta do Côtto tinto é um vinho de quinta, ou seja, que assegura que foi produzido e selecionado pelo proprietário da quinta.

É um grande vinho: recomendo a safra 2017, proveniente de uma boa colheita, mas também se destacam os anos de 2018 e 2019. O vinho é feito a partir de várias castas, a exemplo da Touriga Nacional e da Tinta Roriz.

  • Preço sugerido: 7,50 €*

Quinta dos Termos Reserva Vinhas Velhas Tinto

Durante minhas andanças por Portugal pude experimentar o Quinta dos Termos Reserva Vinhas Velhas 2018, vinho tinto de excelente qualidade.

Produzido na aldeia de Carvalhal Formoso, na região informal de Beira Interior e de costas para a Serra da Estrela, a quinta possui um terroir marcante próprio em que se cultiva as castas mais tradicionais desta região.

  • Preço sugerido: 9,60 €

Luís Pato Vinhas Velhas Branco

A produção de vinhos da família Pato acontece desde o século 18, em que João Pato começou a engarrafar vinhos em 1970, sendo o primeiro da região da Bairrada, que fica na Beira Litoral, depois da demarcação.

Luís Pato, filho de João, continuou o trabalho e foi um dos grandes responsáveis pelo fortalecimento da região no setor vitícola. Vale ressaltar que a região tem a uva Baga como dominante.

Falando no rótulo Vinhas Velhas branco, o vinho é um misto de uvas de três castas (Bical, Cercial e Sercialinho), em que apresenta aromas de flores brancas e maçãs e fica em estágio de quatro meses em inox.

  • Preço sugerido: 9,90 €

Argilla Tinto

Produzido na Herdade de Anta de Cima, no Alto Alentejo, a propriedade pertence à família Tenreiro, em que as vinhas se debruçam nos solos mais férteis da herdade.

Interessante é que, na propriedade, as últimas vinhas foram arrancadas na década de 1950. Em 2010, a vinha ressurgiu e em 2012 foram produzidos os primeiros vinhos Argilla.

O tinto da linha é feito a partir das castas Alicante Bouschet, Alfrocheiro, Touriga Nacional e Petit Verdot.

  • Preço sugerido: em torno de 7 €

Quinta do Sobral Reserva Tinto

A Quinta do Sobral possui atualmente 15 hectares de vinha e mais de 20 de floresta, o que marca o terroir do Dão, uma das regiões mais conceituadas entre os vinhos portugueses.

E o Quinta do Sobral Reserva Tinto é assim: com personalidade e aromas complexos de frutos silvestres. Produzido com as castas Touriga Nacional, Tinta Roriz, Alfrocheiro e Jaen, recomendo a safra de 2018.

  • Preço sugerido: 8,95 €

Quinta do Pessegueiro Aluzé

Vindo das paisagens mais apaixonantes do Douro, com o rio margeando os vinhedos, o Quinta do Pessegueiro Aluzé é produzido pela Quinta do Pessegueiro, em que todas as castas da propriedade são autóctones.

De cor rubi intenso, o vinho, principalmente o referente à safra de 2015, é composto por variadas uvas, entre Touriga Nacional, Touriga Franca e Vinha Velha. É um vinho elegante e que acompanha bem carnes e risotos, por exemplo.

  • Preço sugerido: 10,20 €

Beyra Reserva Quartz Branco

Produtor de uma série de vinhos portugueses, Rui Roboredo Madeira tem entre seus rótulos a linha Beyra, produzida na aldeia de Vermiosa, em Beira Alta, entre as vinhas mais altas de toda Portugal.

Por isso, o Beyra é considerado um vinho de altitude. Feita com Sauvignon Blanc, a safra 2020 é elogiada, mas é a de 2021 que levou 92 pontos na conceituada revista Decanter.

  • Preço sugerido: 7,90 €

Vicentino Sauvignon Blanc

A Vicentino se destaca por ter suas vinhas próximas ao mar, no Alentejo Litoral. Assim, podemos esperar um gostinho de influência do oceano nos vinhos, notadamente também no Sauvignon Blanc da marca.

A proximidade do mar garante ao rótulo um perfil mais vegetal, com notas de frutos tropicais marcada por uma fresca acidez, ainda mais na safra 2019.

  • Preço sugerido: 11,75 €

Carlos Reynolds Branco

A linha Carlos Reynolds pertence à Reynolds, negócio familiar baseado na vila de Arronches, no Alto Alentejo. A história da família remonta desde o século 19, quando o inglês Thomas Reynolds chegou em Portugal em 1820.

Hoje, a propriedade conta com o cultivo de uvas tradicionais da região em 40 hectares. Alguns vinhos, inclusive, seguem o nome dos membros, como Gloria, Robert, Julian e o próprio Carlos, integrante da sétima geração de vitivinicultores.

O vinho branco é proveniente das uvas Arinto e Antão Vaz, que são crescidas a 800 metros de altitude. Notamos aromas de notas florais, em que remete a frutas amarelas; ele ainda fica seis meses em garrafa antes de sair para o mercado.

  • Preço sugerido: 8,90 €

Herdade do Mouchão Dom Rafael Tinto

Umas das vinícolas mais conhecidas de Portugal, a Mouchão é pioneira da casta Alicante Bouschet no país. As uvas são cultivadas na localidade de Casa Branca, no município de Montemor-o-Novo, no Alentejo Central.

Entre seus vinhos, destaco o Dom Rafael Tinto, que nasce de castas alentejanas de vinhas velhas, como o Aragonêz, a Trincadeira, o Castelão e o Alicante Bouschet. Ele tem 12 meses em tonel e barrica e ainda seis meses em garrafa.

  • Preço sugerido: 9,90 €

*Preços checados no site da Garrafeira Nacional e na página das vinícolas em agosto de 2022.

Via: CNN Brasil

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