Uma sindicância sobre o caso será aberta e o profissional deve ser afastado durante o processo
Um aluno de apenas 13 anos, da escola estadual Dr. Leniro Ribeiro Bittencourt, em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba, foi agredido por um professor nesta terça-feira (21). Câmeras de monitoramento instaladas na sala registraram o momento em que o homem dá um tapa no rosto do menino durante uma aula (assista abaixo).
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O pai da vítima, o guarda municipal de Curitiba, Samuel Antônio dos Santos, disse em entrevista à Banda B que após o episódio recebeu uma ligação do colégio.
“Ligaram pra mim dizendo que meu filho estava muito nervoso. Chegando lá, a pedagoga e a diretora falaram que constataram pelas imagens que o professor agrediu meu filho. Na minha frente, o professor admitiu que deu o tapa, mas disse que foi sem querer”, afirmou Samuel.
O pai do menino ligou para a Guarda Municipal de Campo Largo e denunciou o caso. A viatura foi até a escola e conduziu os dois para a delegacia. Um boletim de ocorrência sobre o episódio foi registrado.
“Saindo da delegacia fui até o Conselho Tutelar e fiz um procedimento. Falaram que vão mandar o caso para o Ministério Público apurar e a escola tomar as providências. Também liguei para a Secretaria de Educação para reclamar”, contou o pai.
Histórico
Ainda segundo Samuel, o professor já tinha um histórico de agressões verbais contra alunos, porém nada nunca havia sido feito contra isso.
“Os outros pais e alunos tem medo de levar pra frente. Nas imagens, dá pra ver que ele mexe com meu filho, reclama com ele e diz ‘ah seu frouxo’, algo assim, meu filho retruca, ele pede pra ele repetir, meu filho repete e ele dá o tapa. Tô muito revoltado com isso”, relata o agente da Guarda Municipal da capital.
Secretaria da Educação
Em nota, o Núcleo Regional de Educação (NRE) Área Metropolitana Sul diz que recebeu a denúncia do episódio via ouvidoria nesta quarta-feira (22) e já está a par do caso, ouvindo os envolvidos e a direção da escola.
“O NRE deve formalizar até amanhã a abertura de uma sindicância e o afastamento do profissional durante o processo – um procedimento padrão em casos como esse”, explica o texto.
A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed-PR) ressalta ainda que não tolera qualquer tipo de comportamento violento dentro das instituições de ensino do Paraná.