O diploma do primeiro médico de Campo Mourão, Dr. Delbos Leodoro Zola da Silva, faz parte desde o dia 10 de junho, da exposição permanente do Museu Municipal “Deolindo Mendes Pereira”.
Zola da Silva se formou em medicina pela Universidade do Paraná em 1942. No ano seguinte, foi convidado por Sady Silva, engenheiro do Departamento de Terras e Colonização para trabalhar em Campo Mourão, como médico onde permaneceu por dois anos.
Os visitantes também conhecerão um pouco mais da história da cidade e de figuras ilustres como a dos médicos, José Carlos Ferreira e Leopoldino Loureiro Ferreira, que também foram médicos em Campo Mourão.
Segundo o presidente da Fundação Cultural de Campo Mourão, Roberto Cardoso, o Museu Municipal, além de difundir informações úteis para a sociedade, é importante para a pesquisa. “Sob a coordenação do historiador Jair Elias, estamos catalogando, higienizando e armazenando de forma adequada o acervo do Museu, para ser exposta à história da medicina em Campo Mourão em um local histórico por natureza”.
Para Cardoso, 80 anos depois da presença do Delbos Zola em Campo Mourão, “a cidade hoje tem um curso de medicina. Zola jamais poderia imaginar que oito décadas depois, à terra que escolheu para iniciar sua carreira profissional, é um lugar de formação de novos médicos”.
Delbos Zola Leodoro da Silva — Nasceu em Curitiba (PR), em 8 de novembro de 1912. No ano de 1937 prestou vestibular sendo aprovado para o curso de medicina da então Universidade do Paraná. Formou-se em 1942. No ano seguinte, a convite de Sady Silva, engenheiro do Departamento de Terras e Colonização do Paraná, veio para Campo Mourão. Como primeiro médico assumiu os serviços de saúde pública, encontrando inúmeras dificuldades. Seu deslocamento pela região era feito a cavalo. Além de Campo Mourão, atuou também nas regiões de Goioerê, Peabiru e Mamborê.
Dois anos depois, transferiu-se para Tibagi, onde mais tarde veio a ser prefeito do município. Posteriormente voltou a Curitiba, atuando na Secretaria de Estado da Saúde. Graduou-se em medicina sanitarista no Rio de Janeiro. Durante 50 anos de sua vida, atuou em sua profissão, participando de cursos, treinamentos e outros em diversos estados brasileiros. Morreu em Curitiba, em 20 de setembro de 1996.