Veja dicas de especialistas para que não falte nem sobre peças de revestimento durante a sua reforma ou construção
A compra dos revestimentos é uma das etapas fundamentais em qualquer obra de reforma ou construção. E para não acabar comprando itens a mais ou menos do que o necessário, é preciso fazer alguns cálculos prévios. Mas você sabe quais são essas continhas?
Com a grande variedade de tamanhos e formatos de revestimentos existentes atualmente, os cálculos também se tornaram um pouco diferentes do que era feito até tempos atrás. “Antigamente, quando as peças possuíam formatos menores (até 60 x 60 cm), era utilizado sempre o percentual de 10% para cortes e reserva técnica”, explica Caroline Juliana Werner, coordenadora de Capacitação – Produto da Portobello.
A reserva técnica nada mais é do que aquela sobra para possíveis trocas após a finalização da obra, caso seja necessário substituir alguma placa.
No entanto, com o aumento do formato dos revestimentos, este cálculo não é mais válido todas as vezes, o que pode acarretar em excesso ou falta de material. “Para evitar desconfortos com falta de revestimento, o ideal é realizar a paginação e contar quantas peças são necessárias para revestir o ambiente, além de analisar os cortes para saber se são de alta ou baixa complexidade”, orienta Caroline.
A paginação é importante porque tem como resultado um número mais exato do que o cálculo por metro quadrado, especialmente por conta dos novos formatos de revestimento no mercado.
Cálculo da reserva técnica
Assim que a paginação for finalizada e o número exato de peças for encontrado, o próximo passo é adicionar a reserva técnica ao cálculo de compra. A arquiteta Sabrina Salles conta que sempre considera 10% a mais, no caso de paginação reta, e 15% mais quando a paginação diagonal.
“Para pastilhas e revestimentos muito pequenos, costumo considerar uma caixa a mais e não considero uma porcentagem em cima”, detalha a arquiteta.
Por outro lado, nos casos de revestimentos de formato gigante (de até 1,80 a 3,60 metros), Caroline, da Portobello, indica que o cálculo de 10% de reserva seja sempre arredondado para baixo. “Por exemplo: se o cliente precisa de 19 lastras para revestir determinado ambiente, teríamos uma reserva de 1,9 lastras – neste caso, arredondamos para menos, então é necessário comprar apenas 1 lastra a mais”, orienta.
Por que a reserva técnica é importante?
São diversos imprevistos ou necessidades que podem acarretar a necessidade de trocar alguma peça do revestimento futuramente, como um acidente no momento da colocação ou o caso de um cano furar e precisar quebrar a parede, por exemplo.
“Até mesmo fatores como distância e transporte também precisam ser considerados, pois há quebras que ocorrem no trajeto entre fábrica e obra”, destaca a arquiteta Bia Hajnal.
“Sobrar um pouco de material é sempre indicado pois, no caso de uma futura manutenção, você garante o mesmo lote de fabricação das peças, sem o risco de que haja uma diferença de tonalidade entre as antigas e as novas”, complementa Bia.
Dica extra
E onde guardar as peças a mais de revestimento? Além de optar por mantê-las na garagem de casa ou naqueles famosos quartinhos da bagunça, a coordenadora Caroline sugere: “Se a sua prever paredes de drywall, as lastras podem ser armazenadas no interior delas. Se precisar fazer uma substituição, basta remover a placa de gesso acartonado, retirar a lastra e fechar a parede novamente”.